Radar do Poder

Radar do Poder: Lídice coordenadora de Geraldinho, o apoio de Binho Galinha em Feira e a rapidinha de Bruno Reis

radar do poder | 17 abril 2024

Lídice coordenadora

A deputada federal Lídice da Mata, presidente do PSB da Bahia, será a coordenadora da campanha do vice-governador Geraldo Júnior (MDB) ao Palácio Thomé de Souza. A informação foi confirmada na manhã desta quarta-feira (17) à coluna por fontes ligadas ao Palácio de Ondina. Quem também chegou a ser cotado para a função pelo próprio Geraldinho foi o deputado federal Bacelar (PV), outro profundo conhecedor da política na capital.

Sem sondagem

Embora o nome tenha sido cogitado no PT da Bahia como alternativa para a coordenação da campanha de Geraldo Júnior, o presidente estadual do PV, Ivanilson Gomes, que desembarcou nesta terça-feira (16) em Salvador após um período fora do Estado, sequer foi sondado oficialmente para o posto. Como revelou a coluna na semana passada, a indicação não agradava aos vereadores petistas, pois o único representante do PV na Câmara Municipal, André Fraga, é aliado do prefeito Bruno Reis (União).

Gol de placa

“Não poderia ter escolha melhor. Lídice conhece bem a cidade, é experiente, transita em todas as áreas. Acho que foi um gol de placa”, avaliou à coluna o ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB) sobre a opção pela presidente do PSB baiano. E sobre a vice de Geraldo Júnior? “Na nossa hora, não na da imprensa”, brincou o cacique emedebista.

Manobra

Em meio às tratativas para a definição do candidato a vice na chapa governista, o aparecimento do nome do vereador Silvio Humberto (PSB) como opção foi apontando como pura arte de Lídice. Os comentários que ganham corpo no governo e na Praça Municipal dizem que seu plano seria empurrar Silvio para fora da duríssima disputa que a legenda travará para eleger um vereador na capital, vaga em tese reservada à reeleição do edil, a fim de favorecer um candidato do coração dela, nome que ganhará agora novo impulso com sua função como coordenadora.

Medo de quê?

Embora não seja propriamente uma novidade, já que a mania de Geraldo Júnior por segurança e militares passou há muito a ser alvo de piadas, chamou a atenção o fato de o emedebista ter circulado no almoço de comemoração da Associação Baiana de Empresas de Base Florestal (ABAF), na última sexta-feira, com um guarda-costas brutamontes que o acompanhou até na hora em que, no intervalo nos discursos, foi ao banheiro.

Liderança

Antes, o cerimonial de Geraldo Júnior, que foi ao evento representando o governador Jerônimo Rodrigues (PT), já havia deixado de cabelo em pé os organizadores do almoço por conta da mesma obsessão com sua segurança, refletida em exigências descabidas. Por sinal, a presidente da ABAF, Mariana Lisboa, foi um dos destaques, ao fazer um discurso contundente, de autêntica liderança empresarial.

Prima-dona

O comportamento estranho de Geraldo Júnior ganhou ainda mais evidência porque nenhuma das autoridades presentes – e estavam entre elas o presidente da Câmara Federal, Arthur Lira (PP-AL) – se fez acompanhar de seguranças, transitando livremente pelo espaço sem qualquer preocupação, a exemplo das autoridades municipais, deputados e lideranças empresariais. Resta saber se o vice-governador vai, na campanha, descer e subir favelas com o esquema de segurança ostensivo de que não abre mão.

Rapidinha

Bruno Reis passou rapidamente na sala do cafezinho e deixou o Legislativo sem participar da abertura da sessão especial de entrega da Comenda Dois de Julho ao deputado federal Leo Prates (PDT), na semana passada. E ainda atrasou, e muito, o início da sessão.

Animosidade

Quem estava presente na recepção oferecida por Leo Prates após a solenidade na Assembleia garantiu que o clima entre ACM Neto e o presidente do PDT da Bahia, deputado federal Félix Mendonça Júnior, não foi dos mais amistosos. O pedetista ainda não engoliu o fato de a vereadora de Lauro de Freitas Débora Régis ter trocado o ninho pedetista pelo União Brasil com as bençãos do ex-prefeito, dentro da estratégia de fortalecer o número 44 na Região Metropolitana de Salvador.

Tabu Galinha

Os principais pré-candidatos à Prefeitura de Feira de Santana estão de olho no capital eleitoral do deputado estadual Binho Galinha (PRD), ou do que restou dele. Apesar das denúncias pesadas contra o parlamentar, investigado pela polícia sob a acusação de liderar uma milícia, a classe política não esquece que ele foi o segundo mais bem votado em 2022 na disputa por uma cadeira na Assembleia, com quase 33 mil votos. Por isso, os postulantes à Princesa do Sertão não vão falar mal de Binho Galinha.

Favorito

As articulações mirando o apoio de Binho Galinha ocorrem nos bastidores, pois uma manifestação pública do denunciado em favor de um dos pré-candidatos teria um efeito reverso. Ao adiar ao máximo a instalação do Conselho de Ética na Assembleia, o líder do governo, deputado Rosemberg Pinto (PT), deixou o deputado federal Zé Neto (PT), um dos postulantes em Feira, em vantagem nessas movimentações. O fato de Binho Galinha também ser da base de Jerônimo facilita o entendimento.

Sem padrinhos

Não foi à toa o ‘professor’ José Ronaldo (União) ter optado por um evento mais simples para anunciar a pré-candidatura ao quinto mandato como prefeito de Feira de Santana, nesta terça (16). Ao contrário do adversário petista, o deputado federal Zé Neto, que promoveu no domingo (14) um evento pomposo de lançamento, com estrelas do partido do quilate do governador Jerônimo Rodrigues e do senador Jaques Wagner, o experiente Zé quis mandar o recado de que não precisa de padrinho para vencer a disputa.

Capitão fora

Poucas lideranças políticas em Feira de Santana levavam a sério a pré-candidatura do deputado federal Capitão Alden à Prefeitura. Por isso, ninguém se surpreendeu com a notícia de que o PL, partido do parlamentar, vai apoiar José Ronaldo. Estava o tempo todo certo quem apostava que o presidente do PL baiano, João Roma, blefou ao lançar um “estrangeiro” na disputa pela Prefeitura da Princesa do Sertão apenas para negociar o apoio ao ex-prefeito.

Operação tranca-rua

Desesperados por recursos em ano eleitoral, prefeitos da base de Jerônimo passaram a suspeitar de uma operação comandada pela secretaria estadual de Relações Institucionais, sob as bênçãos da Casa Civil da União, para suspender o envio de recursos prometidos para obras que beneficiariam cidades do interior. A medida visaria impedir que alguns prefeitos desafetos do governismo consigam, com o dinheiro, promover uma verdadeira virada eleitoral em seus municípios.

Pitacos

* Aliados de Ronaldo Carletto, presidente do Avante na Bahia, asseguram que o partido alcançou a marca de 68 prefeitos filiados. Mas admitem que é difícil superar o PSD nas eleições municipais.

* Presidente do PP da Bahia, o deputado federal Mário Negromonte Júnior descartou que o colega Elmar Nascimento, líder do União Brasil na Câmara, migre para o ninho pepista. Até porque Elmar não arriscaria perder o mandato por infidelidade partidária.

* O PT de Salvador estará de olho nas movimentações do vereador André Fraga nas eleições. Embora seja do PV, Fraga está com Bruno Reis. Os petistas prometem acionar a Justiça Eleitoral caso o “verde” demonstre publicamente o apoio.

* Depois que a sala do cafezinho da Assembleia fechou para a imprensa, os deputados largaram a dieta. Saiu do cardápio a insistente salada de frutas e entrou suculentos hambúrgueres em miniatura, além de salgadinhos.

* Depois de criticar publicamente a filiação de Igor Kannário ao PSB, a deputada estadual Fabíoma Mansur se calou sobre o assunto nesta terça (16). Dizem que tomou um “puxão de orelhas” de Lídice da Mata.

* O deputado estadual Samuel Júnior (Republicanos) decidiu apelar ao velho sorteio no Instagram para ganhar mais seguidores, sob a justificativa da passagem do aniversário. O prêmio é de R$1 mil, o que corresponde a 3% do salário bruto do parlamentar.

* A Assembleia rejeitou, em comissão, lei proposta pelo deputado Pancadinha (Solidariedade) que incluía conceitos básicos de ciência política na grade curricular das escolas na Bahia. Para alguns parlamentares, seria um tiro no próprio pé.

* O deputado estadual Roberto Carlos (PV) promove no sábado (20) uma grande festa em Juazeiro, onde deseja ser prefeito, para comemorar o aniversário. Convidou todos os pré-candidatos ao Executivo municipal para o evento.

* O deputado estadual Robinho desistiu de concorrer à Prefeitura de Mucuri. Alegou fogo amigo dentro do grupo do prefeito Robertinho (União), do qual faz parte.

* O prefeito de Euclides da Cunha, Luciano Pinheiro (PDT), zoou com os torcedores do Bahia após a vitória sobre o Fluminense. “Calma ‘calabreso’. Domingo tem o leão”, disse num grupo de WhatsApp formado por políticos e jornalistas.

Radar do Poder: A resistência a Ivanilson, o fogo amigo de Júnior Muniz, a zanga de Alberto Braga e a exportação de candidatos a vereador

radar do poder | 10 abril 2024

Resistência caseira

Partiu do PT da Bahia a sugestão para que o presidente estadual do PV, Ivanilson Gomes, assuma a função de coordenador da campanha do vice-governador Geraldo Júnior (MDB) à Prefeitura de Salvador. Acontece que o nome do “verde” encontra resistências entre os petistas da capital, sobretudo os vereadores. Isso porque a maior liderança do PV na cidade é o vereador André Fraga, que vai apoiar a reeleição do prefeito Bruno Reis (União). Ivanilson é acusado de ter lavado as mãos.

Afago

Os demais partidos aliados de Geraldo Júnior aprovam a indicação do dirigente como coordenador. Para o governador Jerônimo Rodrigues (PT), seria até uma forma de fazer um afago no PV “raiz”, escanteado dos cargos de primeiro e segundo escalão do Executivo. Ivanilson, que está em viagem, deve conversar com o vice-governador até o final desta semana.

Fica no Detran

Quem deve desistir de deixar o cargo para disputar as eleições deste ano é o diretor de Habilitação do Detran, Max Passos (PP). Ele pretendia concorrer em Cruz das Almas, mas articula uma composição com o ex-prefeito Orlandinho (PT), de quem já foi vice. Max, por sinal, quer emplacar a esposa na chapa do petista. O curioso é que o deputado estadual Niltinho (PP), que indicou o diretor, vai apoiar a reeleição do prefeito Ednaldo Ribeiro (Republicanos), adversário do governador.

Geografia

Já quem ainda vai sair do governo do Estado para a corrida eleitoral é o presidente da Cerb, Alex Futuca (MDB). Ele é pré-candidato em Ibirataia, no sul baiano. Correligionário de partido, Uldurico Júnior, que vai concorrer em Teixeira de Freitas e também tinha o mesmo prazo limite estabelecido pelo calendário eleitoral para desincompatibilização (até quatro meses antes do pleito), foi exonerado no sábado (06) do comando da Agersa. A explicação dada pelo MDB pela diferença de tratamento é geográfica: Teixeira de Freitas, no extremo-sul, é mais distante de Salvador.

Esperança petista

Parte do PT de Salvador ainda tem esperanças de que o ministro da Casa Civil, Rui Costa, seja candidato a prefeito da capital este ano, pedindo licença a Geraldo Júnior. A tese é que, caso o presidente Lula afaste o aliado da pasta por conta do episódio dos respiradores, o petista retorne à capital com disposição de entrar na disputa. “Quem sabe ACM Neto (União), que utiliza os meios de comunicação para atacar Rui Costa diariamente, não esteja nos fazendo um favor?”, comentou um petista.

Fogo amigo

O Agir, partido que é controlado na Bahia pelo deputado estadual Júnior Muniz (PT), ainda não descartou apoiar a reeleição de Bruno Reis em Salvador, embora não tenha montado chapa de pré-candidatos a vereador. No interior, a sigla já definiu que vai apoiar nomes da oposição a Jerônimo em Itabuna, com o deputado estadual Pancadinha (Solidariedade); em Feira de Santana, com o deputado estadual Pablo Roberto (PSDB); e em Vitória da Conquista, com a prefeita Sheila Lemos (União).

Mercadoria

Em Itabuna, o Agir iria apoiar a reeleição do prefeito Augusto Castro (PSD), mas rompeu quando o gestor pediu ao dirigente do partido que colocasse os pré-candidatos a vereador da legenda no Podemos. “Ele (Augusto) me propôs algumas vantagens para que isso acontecesse e eu disse a ele que isso não seria possível porque eu não sou uma mercadoria e tenho dignidade”, contou o presidente municipal do Agir, Elias Fernandes. Júnior Muniz negocia ainda o apoio da sigla à oposição em Juazeiro e Lauro de Freitas.

MDB com Pancadinha

Por falar na terra grapiúna, o ex-ministro Geddel Vieira Lima disse à coluna que o MDB pode apoiar a candidatura do deputado estadual Pancadinha (Solidariedade) em Itabuna caso o ex-prefeito e ex-deputado federal petista Geraldo Simões não consiga viabilizar o nome pelo PT. “Nossa preferência é por Geraldo, mas, se nas questões internas e confusas do partido dele, isso não acontecer, podemos sim caminhar com Pancadinha, que é de um partido da base do governo”.

Sem gabinete

Agora suplente na Câmara Municipal de Salvador, Alberto Braga trocou o Republicanos pelo União Brasil por problemas de “relacionamento”. Embora exercendo o mandato durante a maior parte da Legislatura, não tinha direito às benesses do cargo, a exemplo da contratação de assessores. Tudo ficava com o titular, fosse o vereador Luiz Carlos ou Júlio Santos, que foram secretários municipais, em períodos distintos, de Infraestrutura. Esse tipo de acerto é comum, mas geralmente a divisão é meio a meio.

Exportação

Aliás, o Republicanos, que encontrava dificuldades para formar a chapa proporcional por ter vereadores acima dos oito mil votos, foi um dos partidos mais ajudados por Bruno Reis (União) na construção da lista de candidatos ao Legislativo. Coube ao gestor, por exemplo, a articulação para que os vereadores Alfredo Mangueira, ex-MDB, e Leandro Guerrilha, ex-PP, ingressassem na sigla. Além disso, o PRD, ligado ao prefeito, “exportou” pré-candidatos para a legenda da Igreja Universal.

Estratégia de grupo

“A gente fez um trabalho estratégico para otimizar os partidos da base. Transferimos, por meio do envio de pré-candidatos que concorreriam pelo nosso partido, 15 mil votos, a maioria para o Republicanos. Qual o raciocínio? Esses votos não ajudariam a gente a eleger mais um vereador, mas devem fazer com que o Republicamos consiga cinco vagas”, explicou o presidente do PRD baiano, Francisco Elde. Ele, que é chefe de Gabinete da vice-prefeita Ana Paula Matos, acredita que o PRD elege três vereadores.

Capitão bolsonarista

Lideranças do PL avaliam que as chances de o capitão bolsonarista André Porciúncula, filiado à legenda, ser candidato a vereador de Salvador subiram para 50%. “Ele tinha algumas questões e pendências judiciais que estão sendo resolvidas”, disse uma fonte do partido. Porciúncula, que obteve mais de 30 mil votos na capital na eleição para deputado federal, foi processado pela Polícia Militar por deserção. Ele ocupou dois cargos na gestão Jair Bolsonaro (PL), o último como secretário especial da Cultura.

Voto ideológico

Caso Porciúncula concorra a vereador, a disputa pelo voto ideológico no PL no pleito para a Câmara Municipal de Salvador será ainda maior. Dentro do espectro conservador, o partido terá ainda na briga o vereador Alexandre Aleluia, o ex-vereador Cézar Leite e os assessores da Assembleia Legislativa Alexandre Moreira e Willian de Jesus, que trabalham, respectivamente, com os deputados estaduais Diego Castro e Leandro de Jesus, ambos bolsonaristas do PL.

Medo do 22

Por outro lado, houve quem deixasse o PL por conta da ligação da legenda com Bolsonaro, como foi o caso do ex-vereador Antônio Mário, que migrou para o PSDB com medo que o 22 lhe tirasse votos nas comunidades mais precárias. Vale lembrar, como já apontou a coluna, que este também era o receio de Alexandre Aleluia, vereador com forte atuação nas comunidades mais carentes da cidade e que tentou deixar o partido, mas não foi aceito em nenhum outro por conta da concorrência.

Comenda

Assim que soube que o deputado federal Leo Prates (PDT) iria receber a Comenda Dois de Julho da Assembleia Legislativa, honraria proposta pelo deputado estadual Vitor Azevedo (PL) e que será entregue na sexta-feira (12), o líder da oposição na Casa, Alan Sanches (União), tratou de apresentar um projeto de resolução propondo a mesma honraria à vice-prefeita de Salvador, Ana Paula Matos. Em tom de brincadeira, alguns parlamentares disseram que a rixa entre os pedetistas chegou ao Legislativo estadual.

Pitacos

* O Conselho de Ética da Assembleia, instalado hoje (10) com a indicação dos membros, deve eleger na próxima segunda-feira (15) o presidente e o relator após reunião com as lideranças do governo e da oposição.

* Apesar disso, a avaliação dos parlamentares é que o deputado Binho Galinha (PRD), investigado pela polícia sob a acusação de chefiar uma milícia em Feira de Santana, só pode ser punido pela Assembleia se houver um pedido formal nesse sentido.

* A indicação, pelo governo, do deputado estadual Marcinho Oliveira, que é do União Brasil, para compor o Conselho de Ética foi avaliada de forma irônica por um outro membro do partido. “Marcinho já era governo oficiosamente. Agora, é oficialmente”.

* Presidente da Assembleia, Adolfo Menezes (PSD) criticou a tentativa da oposição na Câmara Federal de convocar Rui Costa para falar sobre os respiradores. Marcou pontos com o aliado nas articulações para seguir no comando do Legislativo estadual em 2025.

* O deputado Elmar Nascimento (União) tem se esforçado para ser o próximo presidente da Câmara. Aos colegas amigos e admiradores do falecido, diz que ACM foi o maior líder político da Bahia. A verdade, no entanto, é que um não gostava do outro.

* O Palácio Thomé de Souza já dá como certo que o Novo irá apoiar a reeleição do prefeito Bruno Reis (União). Falta só o anúncio oficial.

* O deputado estadual bolsonarista Diego Castro (PL) segue reclamando que ainda não foi recebido em audiência por Bruno Reis. “Já que estamos prestes a anunciar oficialmente o apoio ao prefeito, preciso alinhar o discurso”, afirmou o parlamentar.

* O deputado estadual Leandro de Jesus (PL) diz que aconselhou a vereadora de Lauro de Freitas Débora Régis, pré-candidata a prefeita, a trocar o PDT pelo União Brasil. “Seria difícil a gente apoiá-la por conta do posicionamento nacional do PDT”.

* Apesar do conselho, o apoio do PL a Débora Régis estava acertado antes mesmo da recente filiação ao partido do vereador Tenóbio, que era pré-candidato da sigla em Lauro. O edil, por sinal, só não vai ser vice na majoritária porque é bolsonarista.

* Após abandonar o PRD em Lauro e mudar para o PT mirando a reeleição, o vereador Alexandre Marques tenta emplacar o irmão presidente da sigla na cidade. Não deve ter êxito. O partido tende a deixar a base da prefeita Moema Gramacho (PT) e apoiar Débora Régis.

* O radialista Dilton Coutinho recusou o convite do PP para ser candidato a prefeito de Feira de Santana. Com isso, a tendência é que os pepistas apoiem a candidatura do deputado federal Zé Neto (PT).

Radar do Poder: Debinha larga na frente de Rosalvo em Lauro, a forçada de barra de Aleluia e dois bicudos no PSDB

radar do poder | 03 abril 2024

Largada

Se as eleições em Lauro de Freitas fossem hoje, a vereadora Débora Régis (PDT), mais conhecida como Debinha, venceria com folga o candidato da prefeita Moema Gramacho (PT), Antônio Rosalvo (PT), nas eleições para o comando da Prefeitura. É o que aponta uma pesquisa realizada pelo instituto Séculos entre os dias 21 de 23 de março, registrada na Justiça Eleitoral sob o número BA-01531/2024, à qual o Radar do Poder teve acesso em primeira mão.

Ampla margem

Segundo a pesquisa estimulada, Debinha aparece com 47,95% das intenções de voto na disputa direta com Rosalvo, identificado junto aos entrevistados como o candidato de Moema e que figura com apenas 3,2% – outros 36,41% não votariam em nenhum dos dois e 12,44% não sabem ou não opinaram. O levantamento ouviu 780 eleitores. A margem de erro estimada é de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos.

Avaliação de Moema

O desempenho de Rosalvo, que é secretário de Desenvolvimento Urbano de Lauro de Freitas e suplente de vereador, pode estar associado à avaliação ruim da gestão de Moema. Ainda segundo o instituto Séculos, 61,41% dos eleitores desaprovam a administração da petista, enquanto outros 18,72% aprovam e 19,87% não sabem ou não opinaram.

Impasse

Já há um acordo na oposição em Lauro de Freitas para que Débora Régis seja candidata única do grupo. Entretanto, o empresário Teobaldo Costa, que comanda o União Brasil no município e era um dos nomes no páreo, quer que a vereadora ingresse na sigla. O PDT, por meio do comando estadual, resiste à troca. O impasse deve ser resolvido nas próximas horas antes do anúncio oficial de Debinha.

Só Aleluia na causa!

O vereador de Salvador Alexandre Aleluia (PL) tentou forçar a barra para entrar no Cidadania, que forma uma federação com o PSDB, visando disputar a reeleição em outubro. Por meio de relações pessoais, ele procurou lideranças nacionais da sigla em busca da filiação. O movimento não prosperou porque foi barrado pelos tucanos de Salvador, sobretudo os representantes do partido na Câmara Municipal, incluindo o presidente da Casa, Carlos Muniz, que coordena a federação.

Estagnou

Como já revelou a coluna e o Política Livre, Aleluia buscou se filiar ao União Brasil, legenda pelo qual foi eleito em 2020, e ao PP, mas teve o nome rejeitado pelos vereadores das duas legendas, que temem perder a cadeira para o colega. A única alternativa que restou foi permanecer no PL, último lugar onde gostaria de estar por não concordar com os ditames do presidente do partido na Bahia, João Roma. Resta saber se o edil voltará a ser bolsonarista.

Passado de lado

O PSDB de Salvador filiou ao partido o Ouvidor da Prefeitura, Jean Sacramento, que, garantem, não vai ser candidato este ano. O curioso é que o dirigente, que já passou por diversas siglas, vai conviver no partido com quem outro dia chegou a chamar de “ladrão” na disputa pelo comando do Solidariedade na capital: o ex-vereador Adriano Meirelles, que ingressou também esta semana no PSDB. Presidente da Câmara Municipal, Carlos Muniz só não conseguiu ainda fazer chover.

Jean Sacramento_Radar

Insistências

Por falar em PSDB de Salvador, o comentário internamente é que até o final da janela partidária o vereador Téo Senna pode ser convencido a deixar o partido e migrar para o PDT. A manobra, que teria o aval de Carlos Muniz, visa viabilizar a filiação do vereador Sidninho, que deixou o Podemos e teria maior afinidade com os tucanos. Com apenas quatro vereadores de mandato, a conta é que a federação PSDB/Cidadania terá 12 nomes competitivos na chapa de 44 candidatos a vereador concorrendo a seis vagas.

Pedindo alto

O deputado estadual bolsonarista Diego Castro (PL) reclamou publicamente esta semana de não ser atendido pelo prefeito Bruno Reis (União), embora tenha solicitado oficialmente um espaço na agenda do titular do Palácio Thomé de Souza. Após a reclamação, deputados aliados do gestor da capital não perderam a oportunidade de brincar com o colega. “Em um dos últimos encontros com Bruno, Diego pediu logo a Secretaria de Educação, coisa que nem Carlos Muniz conseguiu ainda”, comentou um deles.

Assédio grapiúna

O prefeito de Itabuna, Augusto Castro (PDB), é acusado por lideranças do PT local de assediar filiados do partido para votarem a favor do apoio à reeleição dele e contra a manutenção da pré-candidatura de Geraldo Simões, o que será decidido em encontro municipal no sábado (06). Apesar da antipatia dos petistas locais, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) e o senador Jaques Wagner (PT) também articulam em favor de Augusto.

Geraldo Simões_Radar

Portas abertas

Aliás, a coluna foi informada por uma fonte próxima ao governo que houve quem defendesse que Jerônimo chamasse Geraldo Simões, que é servidor da Ceplac, para assumir a representação do Estado em Brasília, mas o convite não chegou a ser oficialmente feito. Caso tenha a candidatura limada, como já defendeu abertamente o líder do governador na Assembleia, o petista Rosemberg Pinto, o ex-ministro Geddel Vieira Lima abriu as portas do MDB para o ex-prefeito se filiar e concorrer.

Aparências

David Loyola, irmão do chefe de Gabinete do governador, Adolpho Loyola, assumiu o comando municipal do PSB em Teixeira de Freitas prometendo que o partido romperia com o prefeito Marcelo Belitardo (União), aliado de ACM Neto (União). Só que uma das lideranças socialistas do município, Edinaldo Rezende, até pouco tempo comandante da sigla na cidade, segue como secretário municipal de Administração. Ele já articulou para levar Belitardo para a base de Jerônimo.

Marcinho_Radar do Poder

Implosão da federação

Sabendo que não pode concorrer à Prefeitura de Juazeiro, por estar inelegível, o ex-prefeito Isaac Carvalho (PT) manteria a pré-candidatura com o único objetivo de indicar a esposa, Ellen Carvalho (PT), como vice na chapa do aliado Joseph Bandeira (PSB), que também já comandou o município. A informação já chegou aos ouvidos dos deputados estaduais Zó (PCdoB) e Roberto Carlos (PV), que, assim como Isaac, integram a Federação Brasil da Esperança.

Compensação

Após perder prefeitos baianos para o Avante, PSB e Solidariedade, a semana começou bem para o União Brasil. O partido recebeu a filiação da prefeita de Nova Viçosa, Luciana Machado, eleita em 2020 pelo PP. Pudera: a gestora é esposa do deputado estadual Robinho, novo líder do União Brasil na Assembleia Legislativa.

Nova Viçosa_Radar do Poder

Cálculos “verdes”

O PV deve ter de seis a oito prefeitos candidatos à reeleição filiados ao partido até o fechamento da janela partidária. A conta é feita pelo presidente da sigla na Bahia, Ivanilson Gomes. Um dos esperados no partido é o gestor de Itaparica, Zezinho Oliveira (PRD). Já se filiaram os prefeitos de Itagimirim e Mansidão.

Pitacos

* Entre os principais caciques da política baiana, o primeiro a desejar feliz aniversário a Jerônimo, que completa nesta quarta (03) 59 anos, foi o senador Otto Alencar (PSD).

* Diante de tantos empréstimos solicitados pelo governador à Assembleia, o deputado Sandro Régis (União) ironizou: “Só falta agora ao governo pedir dinheiro a cigano”.

* Membros da bancada da minoria na Assembleia ficaram surpresos nesta terça (02) quando, num momento raro, o deputado Marcinho Oliveira (União) criticou o governo Jerônimo. Cobrou a requalificação da estrada que liga Monte Santo a Queimadas.

* Líder do União Brasil na Assembleia, Robinho admitiu que “tomou bola nas costas” do governo na votação de projetos do Executivo. “Não acredito nisso, afinal o senhor é um bom zagueiro”, brincou o governista José Raimundo (PT).

* Servidores e colaborados da Secretaria de Relações Institucionais da Bahia preparam uma festa de despedida para Luiz Caetano (PT) nesta sexta (05). O petista deixa a pasta para concorrer, como líder nas pesquisas, à Prefeitura de Camaçari.

* Outra secretária de Jerônimo que deixa o cargo esta semana é Adélia Pinheiro (PT), da Educação. Ela vai disputar a Prefeitura de Ilhéus.

* Mesmo desagradando colegas da base de Bruno Reis, o vereador Átila do Congo tem conseguido se manter como único representante com mandato do PMB, partido que passou a comandar na Bahia. Tem o respaldo do deputado federal Cláudio Cajado (PP).

* José Ronaldo de Carvalho (União) disse a aliados que pretende anunciar a pré-candidatura a prefeito de Feira de Santana logo após o fechamento do prazo das filiações partidárias, que se encerra neste sábado (06).

* O PSB quer indicar como vice Eduardo Hagge (MDB), tio do atual prefeito Rodrigo Hagge (MDB), na disputa pela prefeitura de Itapetinga. O nome escolhido é o do ex-vice-prefeito Alécio Chaves, filiado esta semana. O PDT também está de olho na vaga.

Lidice_Radar do Poder

* Carlos Muniz tem cobrado da Prefeitura mais apoio às creches comunitárias de Salvador. Esta semana ele defendeu o pagamento de repasses às unidades conveniadas.

Radar do Poder: A falta de Solidariedade de Bruno e de Geraldo, o sargento culpado e o exército de Elmar

radar do poder | 27 março 2024

Falta de Solidariedade

Surtiram efeito as movimentações do Palácio Thomé de Souza para esvaziar a chapa de candidatos a vereador do Solidariedade, conforme antecipado por esta coluna na semana passada. Um dos principais pré-candidatos da sigla à Câmara, o ex-vereador Adriano Meirelles avisou que não fica mais no partido, que é comandado na Bahia pelo deputado estadual Luciano Araújo. A baixa é significativa, uma vez que Meirelles, em negociação para ingressar no PSDB, vinha atraindo candidatos à legenda, como sempre fez.

Racha aberto

Adriano Meirelles defendia que o Solidariedade lançasse, em Salvador, a candidatura da enfermeira Adriana Sena para a Prefeitura. Ela disputou uma cadeira para a Câmara Federal pelo partido em 2022, obtendo cerca de dez mil votos, mais da metade na capital – e já está no PSDB, por onde tentará uma cadeira de vereadora em outubro. O movimento, no entanto, foi barrado por Luciano Araújo a pedido do governador Jerônimo Rodrigues (PT), o que provocou o racha.

Rejeitados

O grupo dissidente do Solidariedade rejeita o apoio à pré-candidatura do vice-governador Geraldo Júnior (MDB), que não teria oferecido nada em contrapartida. Como o prefeito Bruno Reis (União) não tem o menor interesse em retomar uma composição com o partido enquanto o mesmo estiver sob a batuta de Luciano Araújo – o antigo aliado é chamado de traidor no Palácio –, restou aos insatisfeitos apostar na candidatura própria, que seria uma solução “pro forma”.

Geraldinho “detonado”

Adriano Meirelles costuma “detonar” Geraldo Júnior nas conversas com outros políticos. Tem dito que o vice-governador não pode oferecer nada ao Solidariedade, que não sabe montar partido e que o único objetivo ao ser candidato a prefeito é ganhar visibilidade para concorrer a uma cadeira na Câmara Federal em 2026. Com tudo isso, o Solidariedade, que calculava eleger dois vereadores, pode ficar sem nenhum. Hoje, a sigla tem um único edil, Fábio Souza, que está migrando para o PRD.

Escada de “menudo”

Por outro lado, aqueles que pretendem trocar o Solidariedade pelo PSDB ou outro partido da base de Bruno Reis têm sido alertados por emissários de Luciano Araújo de que “estão fazendo escada para menudo”, ou seja, deixando de lado chances reais de vitória para ajudar candidatos mais fortes, se tornando meros figurantes (ou a rabada) do processo eleitoral.

Assédio

Um importante deputado federal aliado do governador Jerônimo Rodrigues (PT) andou ligando para o secretário de Governo da Prefeitura de Salvador, Cacá Leão (PP), pedindo encarecidamente para que Bruno Reis pare de “assediar” os pré-candidatos a vereador da oposição. Além do Solidariedade, a situação também está complicada em outros partidos da base de Jerônimo. No Avante, sequer há um princípio de “nominata”.

Sargento culpado

No Avante, o deputado federal Pastor Sargento Isidório é apontado como culpado pela legenda não ter uma chapa de candidatos a vereador de Salvador. O parlamentar, que foi pré-candidato a prefeito, não se mexeu um milímetro para cumprir a tarefa. Estaria ainda desmotivado por perder o comando estadual da sigla para o ex-deputado federal Ronaldo Carletto e por não ter mais a mesma força eleitoral de outrora na capital. Única vereadora do Avante na cidade, Débora Santana está de mudança para o PDT.

Alívio dos edis

Os vereadores da base de Bruno Reis ficaram aliviados ao saber que a secretária municipal de Política para as Mulheres, Infância e Juventude, Fernanda Lordêlo, próxima da vice-prefeita Ana Paula Matos (PDT), não vai disputar uma cadeira na Câmara Municipal este ano. As especulações cresceram após o prefeito levar Lordêlo a um evento do movimento de mulheres do União Brasil, no último dia 14. Quem também avisou que não será candidato é Jean Sacramento, Ouvidor da Prefeitura.

Coringa

Atual subsecretário da pasta de Mobilidade de Salvador, Kaio Moraes virou uma espécie de “coringa” para Bruno Reis diante da saída de secretárias e dirigentes pré-candidatos a vereador, por força da legislação eleitoral. Como a decisão do prefeito é preencher as vagas com pessoas que conhecem a máquina municipal, como foi revelado pelo Política Livre nesta terça (26), Kaio, que já foi secretário de Gestão e presidente da Limpurb, se torna uma opção para qualquer espaço vago.

Exército de prefeitos

Se engana quem pensa que o deputado federal Elmar Nascimento (União) só pensa na sucessão do amigo e deputado federal Arthur Lira (PP-AL). De olho também nas eleições municipais, o parlamentar tem planos ambiciosos: eleger ao menos 50 prefeitos ligados totalmente ou parcialmente a ele. Hoje, o número é de cerca de 30. Para isso, tem a força de quem lidera o maior partido na Câmara, controla a Codevasf e comanda a própria bancada na Assembleia Legislativa.

Mapa eleitoral

Elmar trabalha, por exemplo, pelas vitórias em outubro de dois deputados estaduais da bancada dele na Assembleia que são pré-candidatos a prefeito: Pancadinha (Solidariedade), em Itabuna, e Robinho (União), em Mucuri. Além disso, articula para manter ou emplacar aliados como gestores em Jacobina, Senhor do Bonfim, Conceição do Coité, Campo Formoso, Nova Viçosa, Cansanção, Valente, Santo Amaro e Madre de Deus, só para citar alguns municípios, entre grandes, médios e pequenos.

Adolfo governador

Como pretende disputar a Prefeitura de Salvador, a partir do dia 6 de abril Geraldo Júnior não pode mais, por força do calendário eleitoral, assumir interinamente a posição de governador. Em caso de ausência de Jerônimo por motivo de viagem internacional, por exemplo, o posto passará a ser ocupado pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Adolfo Menezes (PSD). Por conta disso, o parlamentar promete viajar menos em 2024.

Sem sustos

Apoiadores da segunda reeleição de Adolfo ao comando da Assembleia não ficaram assustados com as recentes declarações de Jerônimo defendendo a alternância de Poder na Casa. “É natural que ele (o governador) queira fazer um gesto para o partido dele. Mas o PT não vai conseguir o que quer porque a Assembleia não aceita que o partido do presidente e do governador também comande o Legislativo. No máximo, podem garantir a vice-presidência, se houver acordo”, avaliou um deputado ligado a Adolfo.

Alan atendido

Líder da oposição na Assembleia e também nas queixas pelo não pagamento das emendas impositivas dos parlamentares, o deputado Alan Sanches (União) foi contemplado esta semana com uma ambulância entregue pelo governo. O veículo, fruto justamente de emenda parlamentar, foi destinado ao município de Barra do Rocha, gerido por um aliado de Alan. Durante a solenidade de entrega de diversas ambulâncias, esta semana, Jerônimo lamentou, de forma irônica, a ausência do oposicionista.

Fogo amigo

Líder do governo na Assembleia, Rosemberg Pinto (PT) tem sido alvo de intenso fogo amigo por conta das costuras eleitorais no interior. De uma vez só, ele tenta sepultar a pré-candidatura de Geraldo Simões (PT) em Itabuna e a da comunista Ró Valentim em São Francisco do Conde, além de lançar um bolsonarista como pré-candidato petista em Itapetinga e um “netista” em Una. Tudo em nome do próprio desempenho eleitoral em 2026.

Vices para Zé

Filiados ao PDT esta semana, o ex-deputado federal Sérgio Carneiro e o empresário Zé Chico se tornam opções para a vice de José Ronaldo (União) na disputa pela Prefeitura de Feira. A filiação foi feita pelo deputado federal Félix Mendonça, que comanda o ninho pedetista na Bahia, e pelo ex-prefeito de Araci e suplente de deputado estadual pela legenda Silva Neto. Zé Ronaldo teria preferência por Zé Chico, que recebeu mais de 35 mil votos apenas em Feira na eleição para deputado federal em 2022.

Pitacos

* Acusado de liderar uma milícia em Feira de Santana, o deputado Binho Galinha (PRD) reapareceu nesta terça (26) no plenário da Assembleia. Conversou com os colegas Alan Sanches (União), Sandro Régis (União) e Samuel Júnior (Republicanos).

* Até agora, por sinal, o líder do governo na Assembleia, Rosemberg Pinto (PT), não indicou os membros da maioria para o Conselho de Ética da Casa, mesmo tendo prometido fazê-lo.

* Elmar Nascimento convidou o ex-deputado federal José Carlos Araújo (PDT) para ocupar um cargo no Ministério das Comunicações. Araújo agradeceu, mas negou a oferta. Disse que prefere ficar mais tempo na Bahia nesse ano de disputa eleitoral.

* Uma das campanhas que José Carlos Araújo pretende acompanhar de perto é a da própria filha, a prefeita de Morro do Chapéu, Juliana Araújo (PDT), postulante à reeleição.

* Aliás, em 2022, Juliana tinha o compromisso de apoiar Elmar para deputado, mesmo o pai sendo candidato a uma cadeira na Câmara. “Eu ia honrar o compromisso, mas o próprio Elmar disse que eu não poderia deixar de apoiar o meu pai”, conta a prefeita.

* O vereador Isnard Araújo acertou a permanência no PL com o presidente da sigla na Bahia, o ex-ministro João Roma. A tendência é que o mesmo ocorra com o vereador Alexandre Aleluia, que não teve sucesso na tentativa de trocar da sigla.

* A avaliação é que, mesmo não querendo Aleluia no partido, Roma dificilmente tiraria a legenda do vereador na disputa pela reeleição. Seria uma atitude por demais drástica. Bruno Reis intermedia uma solução para o aliado, que se afastou do bolsonarismo.

* O vereador de Salvador Randerson Leal, que vai sair do PDT, tem mantido conversas com o Podemos e o PSB.

* No mundo político de Juazeiro, ninguém acredita que o ex-prefeito Joseph Bandeira (PSB) rompeu com a atual prefeita Suzana Ramos (PSDB). Além do filho vice-prefeito, ele ainda mantém a esposa e ex-vereadora Flor de Maria ocupando cargo na gestão.

* Joseph se coloca como um dos pré-candidatos a prefeito de Juazeiro do grupo do governador Jerônimo Rodrigues. Outro postulante da base aliada, o deputado estadual Roberto Carlos (PV) também tinha cargos na Prefeitura, mas os entregou e rompeu.

Radar do Poder: Adolfo bate o martelo, o recado de Otto, o esvaziamento dos ex-aliados de Bruno e MDB descarta parentes de Geraldinho

radar do poder | 20 março 2024

A decisão de Adolfo

Independentemente da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Adolfo Menezes (PSD), está decidido a ser candidato a uma segunda reeleição para o comando da Casa. O martelo foi batido em uma reunião com aliados próximos logo após a votação, nesta terça-feira (19), da PEC da Reeleição. O posicionamento do PT de apoiar a PEC, mas se recusar a respaldar a recondução de Adolfo, acabou por unir ainda mais os articuladores do terceiro mandato.

Contando os votos

O entendimento é que Adolfo tem hoje 45 votos garantidos sendo candidato à reeleição, inclusive dois do PT: Júnior Muniz e Euclides Fernandes. Além disso, a avaliação é que o governador Jerônimo Rodrigues (PT) não irá atuar para impedir uma nova recondução do aliado, que não provoca dores de cabeça no Executivo, na medida em que nunca foi um “pedinte”, e nem atrapalha as votações do governo, ao contrário do que fazia o ex-presidente Marcelo Nilo (Republicanos), considerado mais jogo duro.

Resistência ao PT

“Não há o menor clima para a Assembleia ter um presidente do PT, ainda mais depois que eles indicaram Paulo Rangel ao TCM”, disse à coluna um dos deputados da linha de frente de Adolfo. Ou seja, as articulações do líder do governo, Rosemberg Pinto (PT), para suceder o atual presidente não devem vingar, não importa quantos forem os pareceres jurídicos encomendados. E sem o respaldo de Jerônimo, poucos acreditam que os petistas irão acionar o Judiciário contra Adolfo, antes ou depois da eleição da Mesa.

Insegurança jurídica

Mesmo assim, a estratégia do PT seguirá a mesma: tentar convencer os deputados de que não há segurança jurídica para Adolfo ser reeleito pela segunda vez, com base no que já decidiu o STF ao permitir apenas uma recondução. A dificuldade, no entanto, é que a Casa rejeita a possibilidade de um presidente petista. E mais: não há uma candidatura forte à sucessão posta em nenhuma sigla da base. A tal insegurança jurídica só torna mais intensa, no momento, a briga pela vice de Adolfo.

Dois de sempre

Na votação da PEC da Reeleição, o curioso é que os únicos dois votos contrários foram dados justamente pelos parlamentares que não votaram em Adolfo Menezes na reeleição de fevereiro de 2023: Hilton Coelho (Psol), que foi candidato a presidente na ocasião, e Júnior Nascimento (União), adversário do chefe do Legislativo em Campo Formoso. Durante a sessão de votação da PEC, Adolfo chegou a dizer que Hilton e o Psol “eram sempre contra tudo”.

Recado de Otto

O que causou surpresa na votação da PEC da Reeleição foi a ausência do deputado Eduardo Alencar (PSD), irmão do senador Otto Alencar (PSD). Para alguns aliados de Adolfo, foi um recado claro de Otto de que não concorda com a segunda reeleição do presidente da Assembleia – o senador já se manifestou contrário, embora tenha mudado de postura ao longo do tempo. O detalhe é que Eduardo Alencar passou o dia de ontem na Assembleia e foi visto minutos antes da votação em plenário exibindo máxima tranquilidade. Ou seja, não compareceu para votar porque não quis.

Sem coração

Entre os apoiadores de Adolfo Menezes, há quem espere um posicionamento a favor da reeleição do parlamentar do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT). Afinal, o presidente da Assembleia foi um dos fiadores da eleição da ex-primeira-dama Aline Peixoto ao TCM, em 2023, enfrentado até mesmo Otto e o senador Jaques Wagner (PT). Outros aliados de Adolfo são mais pessimistas. “Rui não tem coração”, disse um deles à Radar do Poder.

Olho em Brasília

Da bancada do deputado federal Elmar Nascimento (União) na Assembleia, apenas o primo dele, Júnior Nascimento, votou contra a PEC da Reeleição, como havia anunciado. Entretanto, o posicionamento dos demais não deve ser mais a favor de Adolfo quando ocorrer a eleição da nova Mesa Diretora, em fevereiro de 2025, mesmo se o atual presidente tiver como adversário um petista. Vale lembrar que Elmar articula o apoio do PT para suceder o deputado Arthur Lira (PP-AL) no comando da Câmara Federal.

Novos aliados

Como informou a Radar do Poder da semana passada, Jerônimo voltou a receber em Salvador comitivas formadas por deputados estaduais e prefeitos do interior. Na semana passada, por exemplo, ele esteve com o deputado Vitor Azevedo, que é do PL, mas apoia o governador desde o segundo turno da eleição de 2022, acompanhado de cinco gestores municipais, em agenda institucional. Azevedo, por sinal, tem se movimentado para atrair prefeitos da oposição, inclusive do União Brasil, para a base governista.

Esvaziamento

O Palácio Thomé de Souza fechou o certo para enfraquecer o Solidariedade e o Podemos nas eleições para a Câmara Municipal de Salvador. Aliados do prefeito Bruno Reis (União) têm se movimentado para atrair candidatos a vereador das duas siglas para partidos da base, a exemplo do DC e do PRD. Vale lembrar que Solidariedade e Podemos eram, até 2023, aliados de Bruno, mas hoje estão na base do Executivo estadual e vão apoiar candidatura do vice-governador Geraldo Júnior (MDB) à Prefeitura.

Chorando ajuda

Do União Brasil, quem está mais preocupada com a reeleição na Câmara Municipal é a vereadora licenciada e atual secretária de Sustentabilidade Resiliência e Bem-estar e Proteção Animal de Salvador, Marcelle Moraes. Ela é vista quase que diariamente “chorando” por ajuda na Prefeitura. E ainda tem como maior adversário o irmão, o ex-deputado e ex-vereador Marcel Moraes (PSDB), que lançou como postulante a uma cadeira no Legislativo Carol dos Animais, outra defensora da causa dos bichos bem no estilo da família.

Sem parentes

Presidente do MDB de Salvador, Lúcio Vieira Lima garantiu que nenhum parente de Geraldo Júnior será candidato a vereador de Salvador. Havia a especulação de que o pai do vice-governador, o ex-vereador Super Geraldo, ou o irmão, o atual diretor-geral da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais (SEI) do governo da Bahia, José Acácio Ferreira, pudessem entrar na disputa no ninho emedebista.

Debinha reafirmada

Presidente do PDT da Bahia, o deputado federal Félix Mendonça se reuniu esta semana com a vereadora Débora Régis, filiada ao partido, e reafirmou que ela será candidata a prefeita de Lauro de Freitas. O encontro contou com a presença do ex-deputado federal José Carlos Araújo, vice-presidente pedetista e articulador do ingresso de Débora na legenda, em 2022. A reunião aconteceu dias após o deputado federal Leo Prates, também do PDT, defender a candidatura do empresário Teobaldo Costa (União).

Desanimado

O empresário Antônio Tadeu está desanimado com a pré-candidatura a prefeito de Luis Eduardo Magalhães, na região Oeste, pelo PL. Uma péssima notícia para a sigla, já que o município é um dos poucos redutos bolsonaristas na Bahia. Mesmo com o maior fundo eleitoral e tempo de TV e rádio, o partido corre o sério risco de não eleger um único prefeito nas eleições de outubro, como, aliás, deseja o adversário PT.

Principal aposta

Ironicamente, uma das principais apostas do PL para a eleição municipal é o deputado estadual Raimundinho da JR, pré-candidato em Dias D’Ávila e que é aliado do governador Jerônimo Rodrigues. Ele só não deixou a sigla para tentar se viabilizar como nome único da base governista com receio de perder o mandato na Assembleia por infidelidade partidária.

Pitacos

* O presidente do PT da Bahia, Éden Valadares, acompanhou a votação da PEC da Reeleição na Assembleia. Na ocasião, ele se reuniu com a bancada do partido, que deixou claro não apoiar uma segunda reeleição de Adolfo Menezes.

* Adolfo Menezes disse que a oposição tem razão ao reclamar sobre o não pagamento das emendas impositivas por parte do governo do Estado. “Cada deputado tem direito a R$2,3 milhões e isso é muito pouco. Não entendo a demora em pagar”.

* Durante a entrega de ambulâncias esta semana, Jerônimo chegou a afirmar que os veículos eram fruto do pagamento de R$ 11 milhões em emendas parlamentares. Líder da oposição, Alan Sanches (União) rebateu: “Foram recursos de emendas federais”.

* Aliás, membros da bancada governista se reuniram na sala do cafezinho da Assembleia após a votação da PEC da Reeleição para protestar contra o não pagamento das emendas. As queixas foram ouvidas pelo líder Rosemberg Pinto (PT).

* De partidos da oposição, os deputados federais José Rocha (União), Rogéria Santos (Republicanos), Jonga Bacelar (PL) e Léo Prates (PDT) participaram do ato de entrega das ambulâncias compradas com recursos da União, comandado por Jerônimo.

* O presidente da CBPM e vereador licenciado Henrique Carballal (PDT) descartou qualquer possibilidade de assumir função de coordenação na campanha de Geraldo Júnior. “Vou continuar onde estou e colaborar da melhor forma que eu puder”. Com o governo, se imagina.

* Adversários do pré-candidato do MDB a prefeito de Araci, Zelito Maia, o acusam de falsificar assinatura para alterar o domicílio eleitoral – ele é natural de Ribeira do Pombal, a exemplo do irmão, o deputado federal emedebista Ricardo Maia.

* Prefeito de Ilhéus, Marão (PSD) articula para indicar o vice do deputado de oposição Pancadinha (Solidariedade), pré-candidato ao Executivo em Itabuna. A notícia não agradou o senador Otto Alencar (PSD), que ameaça romper com o correligionário.

* O União Brasil perdeu mais um prefeito para a base do governo do Estado. Dessa vez, quem deixou a sigla e migrou para o Avante foi o de Valente, Ubaldino Amaral de Oliveira. O partido de ACM Neto segue “engordando” a turma de Jerônimo.

* Novo conselheiro do TCM, o ex-deputado Paulo Rangel presidiu nesta quarta (20), pela primeira vez, a sessão da 2ª Câmara de Julgamento da Corte. Ele, que herdou os processos do antecessor Fernando Vita, ainda não colocou nenhum em pauta no pleno.

Radar do Poder: O apoio do PL a Bruno, a tentativa de constrangimento a Jonga, o avanço de Lúcia e o racha pedetista em Irecê

radar do poder | 13 março 2024

Apoio em abril

Após o sucesso da visita do ex-presidente Jair Bolsonaro a Salvador, o comando do PL da Bahia pretende anunciar, entre o meio e o final de abril, o apoio à reeleição do prefeito Bruno Reis (União). Presidente estadual da legenda, João Roma já sinalizou que o entendimento não vai, a princípio, envolver a ocupação de cargos no primeiro escalão. Bruno terá que assumir o compromisso de incorporar novas propostas da legenda na área econômica e ajudar na formação da chapa de candidatos a vereador. Enfim, aquele papo que começa assim, mas não é nada disso.

Mãos de Roma

Por falar nisso, o PL, que esperava ficar sem vereadores de mandato em Salvador na disputa pela reeleição, recebe agora apelos para ficar com três. Com poucas opções para onde ir e se viabilizar eleitoralmente, fontes do Palácio Thomé de Souza acreditam que o melhor caminho para Alexandre Aleluia e para Isnard Araújo é permanecer na legenda – se Roma deixar. O terceiro seria o vereador Sidninho (Podemos), caso não tenha sucesso nas conversas com a federação PSDB/Cidadania.

Afinidades

O ingresso de Sidninho na federação PSDB/Cidadania segue na dependência da saída do mesmo grupo do vereador Téo Senna, que pode desembarcar no PDT. Como já revelou a Radar do Poder, os tucanos, incluindo o presidente da Câmara Municipal, vereador Carlos Muniz, articulam para que Téo deixe a legenda por falta de afinidade. Bruno Reis busca uma solução que acomode todos os aliados.

Fé na vice

O Republicanos segue na luta para tentar emplacar a vice na chapa de Bruno Reis no pleito de outubro. Para isso vale muita oração. No domingo (10), as principais lideranças da sigla no Estado, a exemplo do deputado federal Márcio Marinho, fizeram questão de levar o prefeito para um culto na catedral sede da Igreja Universal em Salvador, na Avenida ACM, que ficou lotada. Na ocasião, Bruno foi abençoado no altar pelo bispo Sergio Corrêa. A vice-prefeita Ana Paula Matos (PDT), naturalmente, não foi convidada.

Extremismo

O deputado federal Capitão Alden (PL) tentou constranger Jonga Bacelar (PL) no momento em que o colega apareceu num restaurante em Salvador para cumprimentar Jair Bolsonaro (PL), de quem já foi líder na Câmara dos Deputados. No momento da chegada do parlamentar, Alden (PL) puxou um coro de “mito” e começou a filmar Jonga ao lado do ex-presidente. Dizem que o plano era levar o vídeo para o Palácio do Planalto. Como se todos não soubessem que Jonga faz questão de relacionar bem com todos os lados.

Empatia

Certamente para demonstrar empatia, uma virtude que o acusam de não ter quando era presidente da República, Jair Bolsonaro interrompeu a agenda em Salvador, no sábado (9), para comparecer ao sepultamento de um cidadão baiano comum: o perito da Polícia Técnica Joaquim Max Haack, que faleceu aos 86 anos e era pai do fotojornalista Max Haack, próximo do ex-ministro João Roma. Bolsonaro pediu para não ser fotografado na despedida do perito, mas o registro foi captado pelas redes sociais.

Lentidão

Vereadores aliados do governo Jerônimo Rodrigues (PT) intensificam as cobranças por definições estratégicas para a campanha do vice-governador Geraldo Júnior (MDB) em Salvador. As queixas vão desde a falta de interlocutores para a intermediação de demandas, a exemplo de ações nas comunidades, até a falta de diálogo sobre a formação da chapa proporcional. “Sabemos que é impossível seguir o ritmo da Prefeitura, mas não podemos ser tão lentos”, disse um petista à coluna.

Concessões emedebistas

Novo presidente do MDB de Salvador, Lúcio Vieira Lima garante que o partido tem atualmente uma lista com mais de 60 pré-candidatos a vereador. O desafio, segundo ele, é reduzir para 44, número máximo de postulantes permitidos por sigla. Ele disse que o único vereador de mandato com quem tem conversado até agora é Joceval Rodrigues, que vai deixar o Cidadania, legenda que está na base de Bruno Reis. “Também estamos dispostos a fazer conceções a aliados, já que ocupamos a cabeça da chapa majoritária”.

Lúcia avança

Lúcio disse à Radar do Poder que caberá ao conselho político do governador definir quem assumirá as tarefas de coordenação da campanha de Geraldo Júnior, o que ainda não aconteceu, assim como não avançou a discussão da vice. Enquanto isso, em Vitória da Conquista a pré-candidata emedebista, vereadora Lúcia Rocha, definiu como vice o vereador Marcus Vinicius (Podemos) e contratou até a marqueteira, que será a publicitária carioca Karina Terso.

Lado pepista

Com a escolha de Marcus Vinicius para vice de Lúcia Rocha, o PP, que vinha dialogando com a emedebista, deve apoiar a reeleição da prefeita Sheila Lemos (União). Caso isso se confirme, será a terceira aliança dos pepistas com o grupo do ex-prefeito ACM Neto (União) em cidades importantes, uma vez que o partido, presidido na Bahia pelo deputado federal Mário Negromonte Júnior, já declarou apoio à reeleição de Bruno Reis e vai caminhar com a candidatura do vereador Flávio Matos (União) em Camaçari.

Portas reabertas

Jerônimo Rodrigues (PT) voltou a receber comitivas de deputados estaduais com prefeitos esta semana, em Salvador. Entre os grupos convidados estão os de parlamentares que aderiram ao Palácio de Ondina em 2023, depois das eleições do governador, inclusive do PL. Como sempre, sai todo mundo chamando o governador de “Jero”, dada a simpatia.

Binho Galinha

Os líderes do governo, Rosemberg Pinto (PT), e da oposição, Alan Sanches (União), pretendem se reunir na tarde desta quarta-feira (13) com o procurador-geral de Justiça, Pedro Maia, para tratar das investigações contra o deputado Binho Galinha, acusado de liderar um grupo miliciano em Feira de Santana. Eles querem tomar conhecimento do caso. Entretanto, na Assembleia Legislativa o sentimento é que algo só será feito contra o parlamentar depois de uma decisão judicial.

Trator

Aliás, pegou mal o discurso feito em plenário esta semana por Rosemberg sobre o caso Binho Galinha, no qual afirmou que a Casa não deve satisfação ao Ministério Público e “nem a ninguém”. “Isso porque ele é apenas líder do governo. Agora imagina se fosse presidente da Assembleia? Seria um verdadeiro trator. Ia sair atropelando todo mundo, principalmente a minoria”, argumentou um importante membro da bancada de oposição.

Recusas

Aliás, Rosemberg está encontrando dificuldades para escalar o “time” governista para compor o Conselho de Ética justamente por conta das acusações contra Binho Galinha, que podem acabar, mais cedo ou mais tarde, no colegiado. Alguns parlamentares recusaram de pronto o chamado do petista para participar da comissão, seja por ‘receio’ ou pura falta de interesse político em punir colegas.

Racha pedetista

Em Irecê, os deputados federais Leo Prates e Félix Mendonça, ambos do PDT, tomaram rumos diferentes nas eleições de 2024. Enquanto o primeiro declarou apoio ao vereador Murilo Franca (PSB), lançado como sucessor do prefeito Elmo Vaz (PSB), o segundo optou pelo vereador e presidente da Câmara Municipal Figueiredo, que vai deixar o partido do prefeito para se filiar ao ninho pedetista e entrar na disputa majoritária de outubro.

Pitacos

* Aliados do presidente da Assembleia, Adolfo Menezes (PSD), se movimentam para que a PEC da Reeleição seja votada na próxima terça-feira (19). A maior parte da bancada do deputado federal Elmar Nascimento (União) vai votar contra.

* Mesmo assumindo a liderança do União Brasil na Assembleia, o deputado Robinho promete manter o ritmo como pré-candidato a prefeito de Mucuri. De quinta a domingo ele fica no município. A disputa, a exemplo de 2020, promete ser dura por lá.

* Circulam em grupos de WhatsApp de Salvador áudios que apontariam a ligação de um pré-candidato a vereador de Salvador, apoiado por um importante parlamentar, com o tráfico de drogas. Quem com porcos se mistura…

* O PL ainda não oficializou o apoio a Bruno Reis, mas os pré-candidatos do partido, incluindo Alexandre Moreira, assessor do deputado estadual Diego Castro, já participam dos eventos oficiais da Prefeitura e são até citados no microfone.

* O vereador Toinho Carolino (Podemos) pretende anunciar na sexta-feira (15) para qual partido irá se filiar visando disputar a reeleição. A tendência é que seja mesmo o DC.

* Caso o Novo confirme o apoio à reeleição de Bruno Reis, o prefeito entrará na disputa com dez partidos, número superior aos oito previstos inicialmente e que leva em conta o PMB, controlado pelo vereador Átila do Congo, de saída do PRD.

* Ao trocar o Novo pelo PL, o vereador de Lauro de Freitas Tenóbio praticamente perdeu as chances de ser vice da vereadora Débora Régis, pré-candidata do PDT à prefeitura.

* A prefeita de Morro do Chapéu, Juliana Araújo, vai se filiar na próxima semana ao PDT. O ato, marcado para o dia 21, será realizado com a presença de parlamentares de diversos partidos.

* Convidado por Leo Prates, quem também pode ingressar nas fileiras pedetistas é o prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins (MDB). O emedebista não descartou a possibilidade, mas disse que ainda é cedo para decidir.

Radar do Poder: o sacrifício de ACM Neto, o deputado ‘estica-corda’, os faltosos de Bolsonaro e o senador supersincero

radar do poder | 06 março 2024

Mesmo no sacrifício

Deputados federais e estaduais do União Brasil na Bahia não enxergam um cenário em que o ex-prefeito de Salvador ACM Neto abra mão do protagonismo da eleição para governador em 2026. Isso ficou evidente na última reunião da Executiva estadual do partido, realizada na segunda (4), na capital. Em determinado momento, Neto garantiu que se a candidatura dele for uma necessidade do grupo político que lidera, está disposto a entrar na disputa mesmo em condições desfavoráveis.

Plano B

A coluna questionou alguns deputados presentes na reunião sobre se o nome do prefeito Bruno Reis, segunda liderança mais importante da sigla, seria uma opção para disputar o governo ou uma das cadeiras ao Senado em 2026 e a resposta foi negativa. A avaliação é que o atual chefe do Executivo municipal deve completar o segundo mandato, caso seja reeleito este ano. Eles também não acreditam num futuro em que Bruno e Neto não estejam juntos.

Válvula de escape

A pauta principal da reunião da Executiva do União Brasil foi, no entanto, a formação das comissões provisórias do partido no interior e as eleições municipais, pois a intenção é chegar fortalecido em 2026. Ficou definido que, onde houver disputa entre parlamentares filiados pelo comando da sigla, o DC e o PRD, agora alugados por Bruno Reis, poderão servir de “válvulas de escape” para filiações de lideranças.

Corda esticada

De olho no posto, o deputado Robinho tanto “esticou a corda” que conseguiu convencer o deputado Sandro Régis a abrir mão da liderança do União Brasil na Assembleia. A manobra não teria agradado a todos os membros da sigla na Casa, inclusive outros que são mais ligados ao deputado federal Elmar Nascimento (União). O atual líder do partido no Legislativo estadual, Marcinho Oliveira, por exemplo, já tomou “puxões de orelha” de Robinho pela relação próxima com o governador Jerônimo Rodrigues (PT).

Dissabores

No dia da eleição para o TCM, na Assembleia, Elmar Nascimento (União) deu ordens a seus aliados de que não atacassem o ex-deputado Marcelo Nilo (Republicanos). Com isso, evitou dissabores com ACM Neto e Bruno Reis, apoiadores da candidatura do ex-deputado. Até Marcinho Oliveira, adversário de Nilo, cumpriu a determinação. Entretanto, governistas apostam que ao menos três membros da bancada de Elmar votaram no deputado Paulo Rangel (PT), que venceu a disputa. O voto foi secreto.

Faltou empenho

Rangel, por sinal, não ficou satisfeito em receber apenas 36 votos na eleição, quatro a mais do que o mínimo necessário. Ele calculava até 42. O resultado tornou evidente que não houve empenho do governador pelo parlamentar, como aconteceu com outras candidaturas petistas ao tribunal. O deputado dizia nos bastidores que Marcelo Nilo teria menos votos do que o ex-deputado Tom Araújo (União), que perdeu, em 2023, a disputa para a ex-primeira-dama Aline Peixoto (o placar foi de 40 a 19).

Manada

Aliados do presidente da Assembleia, Adolfo Menezes (PSD), irão aproveitar a votação do pedido de empréstimo de R$ 400 milhões feito por Jerônimo na área de segurança para tentar votar, na semana que vem, a PEC da Reeleição. Líder do governo, Rosemberg Pinto (PT) decidiu caminhar junto com a manada e combinou de colocar a proposta em pauta. O petista, que deseja suceder Adolfo, mudou de estratégia apostando que o atual presidente vai ser convencido de que o STF não permite a segunda reeleição.

À moda de Geraldinho

Entre os mais próximos de Adolfo, há quem defenda, inclusive, que a eleição da nova Mesa Diretora da Assembleia, que acontece somente em fevereiro de 2025, seja antecipada, o que foi feito pelo atual vice-governador Geraldo Júnior (MDB) em 2022 na Câmara Municipal de Salvador e que não é novidade em outros cantos do país. O assunto será analisado após a aprovação da PEC.

Novo rico

O que chamou a atenção no período em que Geraldo Júnior foi governador não foi apenas a atitude inusitada de baixar num evento do governo perto da capital à bordo de um helicóptero que cobriu de poeira secretários e provocou até conjuntivite em alguns presentes. Os trajes com que estava vestido – um sapato caríssimo Ferragamo e calças coladas que terminavam no tornozelo, indumentária típica dos novos ricos baianos – foram motivo de piada entre auxiliares e aliados de Jerônimo, de cuja simplicidade o vice cada vez destoa mais.

Saiu menor

Ao marcar uma posição de neutralidade na eleição para o TCM após ser alijado do processo, favorecendo Paulo Rangel, o PCdoB demonstrou seguir como apêndice do PT. A diferença agora é que o apêndice é institucionalizado por uma federação. O outrora aguerrido deputado Fabrício Falcão (PCdoB), que costumava criticar a quarta indicação consecutiva dos petistas à Corte, fugiu do plenário da Assembleia na hora do “vamos ver”. Para quem desejava ser candidato, saiu da disputa menor do que entrou.

Fora da festa

A ala ‘governista’ do PL na Bahia não deve marcar presença nas agendas do ex-presidente Jair Bolsonaro e da ex-primeira-dama Michele Bolsonaro em Salvador, nesta sexta (08) e sábado (09). É o caso dos deputados estaduais Vitor Azevedo e Raimundinho da JR, que são filiados à legenda, mas apoiam o governo Jerônimo. Com cargos no governo Lula (PT), o deputado federal Jonga Bacelar (PL) também deve se ausentar de maneira estratégica.

Comenda

Deu trabalho ao deputado Leandro de Jesus (PL) convencer o presidente Adolfo Menezes a liberar a entrega da Comenda Dois de Julho a Michele Bolsonaro fora da Assembleia Legislativa, o que é algo inédito. A ex-primeira-dama será agraciada com a maior honraria da Casa num evento do PL Mulher a ser realizado no sábado (8), no Centro de Convenções de Salvador. O presidente do partido na Bahia, o ex-ministro João Roma, também entrou em campo para convencer Adolfo, que cedeu.

Língua nos dentes

Secretário de Relações Institucionais do governo, Luiz Caetano (PT) lotou um espaço de eventos em Camaçari para lançar a pré-candidatura a prefeito, na sexta (01). Para desconforto geral, coube ao senador Ângelo Coronel (PSD) contar, em discurso, parte do segredo. Ele admitiu reconhecer na plateia gente de toda a Bahia, inclusive conterrâneos de Coração de Maria e até de Berimbau. Fofoqueiros garantem que havia no evento até pacientes da fundação comandada pelo deputado federal Pastor Isidório (Avante) em Candeias.

PP de vice

Por falar em Camaçari, o PP vai formalizar em breve o apoio à candidatura do vereador Flávio Matos (União) à Prefeitura. O edil é o sucessor do atual gestor Antonio Elinaldo (União). Os pepistas miram a vice na chapa – a indicada é a vereadora Professora Angélica. A articulação tem o aval do deputado federal Mário Negromonte Júnior, presidente do PP na Bahia. Embora tenha um pé no governo Jerônimo, o partido que agora descarta Caetano já declarou apoio à reeleição de Bruno Reis na capital.

Voo alto

A vereadora licenciada de Salvador Maria Marighela comunicou ao diretório municipal do PT que não pretende concorrer à reeleição em outubro. Com o fortalecimento da Funarte, órgão federal que preside, acha que está na hora de começar a colher os frutos do trabalho e que não faz sentido deixar Brasília, onde pode estar seu futuro político. A decisão de Marighela robustece o mandato do vereador Arnando Lessa (PT), suplente que ocupou sua vaga na Câmara Municipal, faz uma oposição considerada de alto nível e tem tido seu trabalho elogiado em todo o partido.

Condecoração

Momentos antes de deixar a chefia do Ministério Público do Estado, a procuradora Norma Angélica fez questão de dar destaque, com uma condecoração, à figura do ex-presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, Nilson Castelo Branco, que assumiu e saiu do cargo, assim como ela, como referência de seriedade, compromisso e republicanismo na condução de órgão do sistema judiciário na Bahia e no plano nacional.

Pitacos

* Num grupo de WhatsApp conhecido em Salvador, o vereador Kiki Bispo (União), conhecedor das manias de Geraldo Júnior, sugeriu o meio de transporte do vice-governador na campanha à Prefeitura (foto abaixo). Segurança não vai faltar!

* Enquanto esnoba Geraldinho, o ministro Rui Costa segue ativo na campanha do deputado Waldenor Pereira (PT) em Conquista. Sábado (2), esteve pela segunda vez na cidade, em calendário pré-eleitoral, para lançar o programa de governo do petista.

* Apesar da mudança de comando do União Brasil nacionalmente, que fortaleceu ACM Neto, na Bahia o deputado federal Paulo Azi, fiel aliado do ex-prefeito, segue na presidência da sigla.

* Em Feira de Santana, ACM Neto está cada vez mais cético sobre a possibilidade de uma candidatura única dos partidos de oposição ao governo do Estado. Mas o candidato dele será o ex-prefeito José Ronaldo (União).

* O deputado Euclides Fernandes (PT) perdeu a paciência na sabatina de Paulo Rangel antes da eleição para o TCM. Com quase três horas de reunião na comissão, ele ameaçou sair da sala após tentar impedir que a deputada Fabíola Mansur (PSB) falasse.

* Depois do episódio, o comentário foi que se a atitude partisse de um dos deputados bolsonaristas, seria acusado de misoginia, até porque Fabíola foi a única mulher a falar na sabatina, realizada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia.

* Antecessor de Paulo Rangel, o conselheiro aposentado do TCM Fernando Vita não deu a menor bola às críticas de que punia gestores em excesso, feitas pelo deputado na sabatina. Por causa do comportamento, ele deixou a Corte confiante de que nunca defendeu a impunidade.

* O G+, grupo informal formado por oito parlamentares do PP, PSB e do MDB, decidiu que não irá oficializar a existência da união. A avaliação é que a formalização provocaria perdas nos espaços ocupados pelos parlamentares na Assembleia.

* Adolfo Menezes queria que o amigo e deputado Tiago Correia (PSDB) fosse o relator da PEC da Reeleição, e chegou a anunciar a informação. Mas o relator-mor da Assembleia, Vitor Bonfim (PV), levou vantagem por ser titular da CCJ.

* Em uma mensagem de bom dia nas redes sociais, o PT da Bahia apelou à cafonice ao tentar transformar Jerônimo e o presidente Lula em dois anjinhos num jardim florido e com direito a borboletas amarelas. Parecia um poster do filme espírita “Nosso Lar”.

Radar do Poder: os herdeiros de Paulo Rangel, o líder na mira, o ego inflado de Geraldo Jr. e o recado de Mario Jr. a Jerônimo

radar do poder | 28 fevereiro 2024

Cão que late…

O PT já esperava que o PCdoB fosse espernear após a humilhação imposta ao aliado ao limar, na Assembleia, o deputado comunista Fabrício Falcão da disputa por uma cadeira no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). Até mesmo a posição de neutralidade dos companheiros em relação à eleição para a escolha do novo membro do órgão, anunciada em nota, era esperada pela cúpula petista. Na avaliação das lideranças do partido que agora controlará politicamente o TCM, com a maioria dos conselheiros, a história da relação (e de submissão) com os comunistas mostra que cão que late demais não morde.

Novo conselheiro

O deputado Paulo Rangel (PT), agora definitivamente o único candidato da base do governador Jerônimo Rodrigues (PT) ao TCM, desfila nos corredores da Assembleia como virtual conselheiro. Ele lamentou, no entanto, que os líderes do governo e da oposição, os deputados Rosemberg Pinto (PT) e Alan Sanches (União), respectivamente, tenham marcado a eleição para o dia 5 de março. “Queria mais tempo para poder me despedir das amizades que construí em 20 anos de Casa”.

Suando a camisa

O candidato inscrito pela oposição ao TCM, o ex-deputado Marcelo Nilo (Republicanos), vai suar a camisa para tentar obter o apoio das “viúvas” de Fabrício Falcão. Ele acha que, como a eleição acontece por voto secreto, pode beliscar o apoio de parte da bancada do PCdoB, bem como o do deputado Hilton Coelho (Psol). Difícil mesmo vai ser convencer o deputado Marcinho Oliveira (União), que levou para a Assembleia a rivalidade eleitoral com Nilo em Monte Santo.

Elegância sutil

Antes da nota do PCdoB pela neutralidade crítica, o deputado Bobô, do partido, havia declarado o voto em Paulo Rangel caso Fabrício Falcão não conseguisse a inscrição. “Estarei ao lado do candidato da base do governo ao TCM. Se não for Fabrício, será Rangel”, declarou o parlamentar à coluna com sua elegância sutil. Resta saber se Bobô agora vai mudar de ideia.

Herdeiros de Rangel

Paulo Rangel vai reunir os deputados mais próximos para ratear os quase 50 mil votos que recebeu no pleito de 2022. Como não tem herdeiros políticos naturais, fator que pesou para que o petista fosse alçado na disputa para o cargo vitalício, ele pretende fazer uma divisão das lideranças, o que inclui prefeitos. Terão prioridade, além dos correligionários de partido, os parlamentares que estiveram na linha de frente da campanha, a exemplo de Vitor Bonfim (PV), Nelson Leal (PP) e Vitor Azevedo (PL).

Mais leal

Na semana passada, um desesperado Fabrício Falcão, após sair de uma audiência com Jerônimo e prefeitos, protagonizou uma discussão áspera com Vitor Azevedo na sede do governo do Estado, na Secretaria de Segurança Pública. Ele praticamente exigiu que o colega, membro da Mesa Diretora, estivesse presente na reunião do colegiado que analisaria a inscrição do comunista. O encontro, todos sabem, não ocorreu por falta de quórum. E Azevedo demonstrou mais uma vez lealdade ao governo.

Ira governista

Líder da maioria na Assembleia, o deputado Rosemberg Pinto (PT) provocou a ira de alguns colegas da base ao levar o prefeito de Una, Tiago Birschner (PP), para uma audiência com o chefe de Gabinete do governo, Adolpho Loyola, com o objetivo de assegurar obra de infraestrutura ao município. O problema é que o gestor apoiou a candidatura de ACM Neto (União) ao Palácio de Ondina em 2022. Enquanto isso, prefeitos que são aliados de primeira hora seguem aguardando audiências.

Conveniência

O curioso é que Rosemberg costuma se utilizar, em outros municípios, do discurso de que os aliados de primeira hora devem ter preferência nos atendimentos por parte do governo do Estado, enquanto os que apoiaram ACM Neto, mesmo que em siglas da base, merecem ser deixados em segundo ou terceiro plano. Para o líder, esse é o caso de Itapetinga, onde o prefeito Rodrigo Hagge, do MDB, não parece merecer, contraditoriamente, o mesmo tratamento do gestor de Una, município aonde o petista espera, claro, extrair dividendos eleitorais.

PEC da Reeleição

Por falar em Rosemberg, parlamentares do governo e da oposição não acreditam que ele tente “melar” a votação da proposta que permite a segunda reeleição consecutiva do deputado Adolfo Menezes (PSD) no comando da Assembleia. A tendência é que a proposição seja votada no mesmo dia da eleição para o TCM, por conta da presença em grande número de legisladores. A avaliação é que o petista “deu uma segurada” no projeto de tentar suceder Adolfo, que não para de provar sua lealdade a Jerônimo.

Sem emendas

O prefeito de Jequié, Zé Cocá (PP), acusa o deputado federal Antonio Brito (PSD) de não destinar emendas do orçamento da União para o município onde o parlamentar foi o mais votado em 2022. “Desde que assumi, em 2021, ele só mandou R$ 500 mil em emendas impositivas”, declarou o pepista à coluna. Vale lembrar que Brito, que não quis comentar o assunto com a coluna, lançou como candidato a prefeito o administrador Alexandre Iossef (PSD), uma verdadeira pedra no sapato para que Cocá conquiste a reeleição.

Ego inflado

Fontes do Palácio Thomé de Souza disseram à coluna que o prefeito Bruno Reis (União) deu gargalhadas quando soube que foi acusado pelo vice-governador Geraldo Júnior (MDB), pré-candidato ao Executivo municipal, de não ter procurado o emedebista para tratar da situação dos ambulantes no Carnaval. A avaliação na Prefeitura é que o fato de assumir o comando do Executivo estadual pela terceira vez inflou o ego do emedebista, que, apesar da oportunidade lhe dada por Jerônimo Rodrigues (PT) ao nomeá-lo como ‘coordenador’ da festa pelo governo, foi um mero coadjuvante durante a folia momesca.

Sinal para Ondina

Presidente do PP da Bahia, o deputado federal Mário Negromonte Júnior optou por não participar do evento em que o partido declarou apoio à reeleição de Bruno Reis, realizado na última segunda (26), em Salvador. Da Executiva estadual da sigla, ele optou por enviar o secretário-geral, Jabes Ribeiro. Com essa decisão, Mário Júnior sinalizou que busca também prosseguir com o movimento de reaproximação com o PT no Estado, como deseja a outra parte da legenda.

Acerto com o Novo

As negociações conduzidas por Bruno Reis para ter o apoio do Novo na disputa à reeleição envolvem a promessa de que a administradora Luciana Buck, pré-candidata ao Palácio Thomé de Souza pelo partido, terá o caminho facilitado para ser vereadora caso saia da corrida majoritária. Bruno se colocou à disposição para ajudar na montagem da chapa proporcional da legenda, que nunca elegeu um representante para a Câmara Municipal. E, assim, o Novo se torna o velho em Salvador.

Puxadores de voto

Além do vereador Ricardo Almeida, que está no Podemos e é da Primeira Igreja Batista, o DC em Salvador deve abrigar ainda o pastor Kênio Resende, uma das apostas da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) nas eleições proporcionais deste ano na capital. Dessa forma, a sigla, que dialoga ainda com o vereador Sabá (PP), terá dois bons puxadores de votos e caminha de forma segura para eleger até quatro edis. O Republicanos, partido oficial da Iurd, deve pelo menos manter a bancada de três.

Olho na Conder

Líder do prefeito Bruno Reis na Câmara Municipal, o vereador Kiki Bispo (União) diz que estará atento a eventuais abusos eleitorais que possam ser cometidos pela Conder no pleito de 2024 para favorecer Geraldo Júnior. “Não é algo comum a esse órgão, por exemplo, fazer escadaria aqui e acolá. As regras precisam ser respeitadas. Mas confiamos na lisura do presidente da Conder, José Trindade (PSB), que foi vereador como nós”.

Pitacos

* A piada que corre na Assembleia é que o TCM terá tanto petista com conselheiro que caso ACM Neto vença a disputa pelo Palácio de Ondina, em 2026, a primeira medida dele será extinguir a Corte de contas.

* O deputado estadual Vitor Bonfim (PV) tem sido acusado de legislar em causa própria por apresentar projeto de lei que garante prioridade a advogados no atendimento das agências bancárias. O parlamentar é formado em Direito e tem muitos amigos na área.

* Provocou risos em plenário o discurso feito esta semana pelo deputado Raimundinho da JR (PL) no qual disse que poderia ter sido doutor, se não fosse reprovado duas vezes na escola. Ele tentou defender a portaria do Estado que revê os critérios de reprovação.

* Alexandre Marques será mantido na presidência do PRD em Lauro de Freitas. A medida faz parte do acordo para que Bruno Reis indicasse o assessor Francisco Elde para o comando estadual da legenda.

* Marques, para quem não lembra, era o presidente do Patriota na Bahia, partido que, na fusão com o PTB, deu origem ao PRD. Ele é aliado do PT e secretário de Meio Ambiente da prefeita petista de Lauro de Freitas, Moema Gramacho.

* O vereador de Salvador André Fraga decidiu que fica no PV como aliado de Bruno Reis. Até os petistas desistiram de tentar expulsá-lo da federação. “Não é à toa que ele foi secretário municipal da Resiliência”, brincou um membro da Executiva do PT.

* A indefinição do PT, PCdoB e PV sobre quem será o candidato do grupo a prefeito de Juazeiro tem dificultado a arrumação da chapa proporcional da federação no município. Com a indefinição, muitos pré-candidatos a vereadores ameaçam pular fora do barco.

* Presidente estadual do PT, Éden Valadares garante que o pré-candidato do partido a prefeito Juazeiro, o ex-gestor Isaac Carvalho, que lidera as pesquisas, está juridicamente apto a concorrer.

* Prefeito de Ilhéus, Marão (PSD) tem sinalizado a aliados que vai indicar como sucessor o atual secretário municipal de gestão, Bento Lima. Antes do anúncio, ele ainda deve ter uma conversa com o governador Jerônimo Rodrigues.

* Em Candeias, o PV ainda mantém vivo o projeto do vereador Sílvio Correia de ser candidato a prefeito. A sigla não considera natural a candidatura, pela base do governo, da vice-prefeita Marivalda da Silva (PT).

Radar do Poder: O candidato oficial ao TCM, o paredão de Elmar, a volta ao jogo de Leo Prates e o sangramento do PSD

radar do poder | 21 fevereiro 2024

Deu de ombros

O governador Jerônimo Rodrigues (PT) segue evitando tratar da eleição para o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) com os aliados do PCdoB, que insistem na candidatura do deputado estadual Fabrício Falcão. O último diálogo com a sigla, que foi duro, aconteceu em dezembro de 2022. Depois do Carnaval, durante um evento com municípios afetados pela seca, em Manoel Vitorino, o próprio Fabrício, que estava presente, tentou puxar conversa com o petista, que, no entanto, deu de ombros.

Candidato oficial

Quem tem tratado do tema com parlamentares quando procurado é o chefe de Gabinete do governador, Adolpho Loyola (PT). Apesar do silêncio de Jerônimo, ele tem deixado claro que o candidato da base é o petista Paulo Rangel, franco favorito na disputa por ter reunido 38 assinaturas de partidos aliados na Assembleia. Com o apoio do palácio e do PT, parlamentares governistas trabalham em alta para evitar que aconteça a reunião da Mesa Diretora que vai avaliar o pedido de inscrição de Fabrício, na terça que vem, dia 27.

Pé do ouvido

Na sessão desta terça (20) na Assembleia, Paulo Rangel foi flagrado em conversa ao pé do ouvido com o deputado Antônio Henrique Júnior (PP), que é um dos membros da Mesa Diretora (terceiro vice-presidente). Há quem aposte que o conteúdo do papo tenha sido a marcação de uma reunião, que pode ser em Barreiras, para o mesmo dia e horário do encontro do colegiado que comanda a Casa, que só não teria acontecido esta semana porque o presidente da Assembleia, Adolfo Menezes (PSD), retorna de Bangladesh na sexta (23).

Desprezo aos comunistas

O episódio da eleição do TCM, por sinal, é mais um no longo capítulo da novela em que o PT tira o protagonismo do PCdoB, aliado de primeira hora, apesar de acordos pré-estabelecidos (havia a promessa do governo de que a vaga de conselheiro seria agora, finalmente, dos comunistas). O desprezo é tanto que o líder da maioria na Assembleia, Rosemberg Pinto (PT), chegou a dizer ontem (20) à imprensa que nem sabia do interesse de Fabrício Falcão em pedir a inscrição via Mesa Diretora.

Elmar paredão

Líder do União Brasil na Câmara Federal, o deputado Elmar Nascimento trabalha para que seja pequeno o número de parlamentares do partido a assinar o pedido de impeachment do presidente Lula, proposto pela deputada Carla Zambelli (PL-SP) por conta das falas do petista sobre Israel. Até aqui, 11 dos 59 deputados da legenda assinaram o requerimento. Elmar não quer, sobretudo, que baianos do União façam parte da lista. Assim, fortalece junto aos petistas o nome para a sucessão na Casa.

Devolutiva

Os vereadores do PT de Salvador esperam que, findo o Carnaval, o vice-governador Geraldo Júnior (MDB), pré-candidato ao Palácio Thomé de Souza, dê andamento prático às conversas que manteve individualmente com os edis, em janeiro. Os petistas esperam que o emedebista faça o meio de campo com a Conder para que tenham os pleitos atendidos e transformados em obras nos bairros da cidade. Tudo, garantem os atores envolvidos, de acordo com a lei eleitoral.

Volta ao jogo

O nome do deputado federal Leo Prates voltou a ganhar força dentro do partido dele, o PDT, para ser indicado como companheiro de chapa do prefeito Bruno Reis (União) nas eleições deste ano. Além disso, o pedetista teria a preferência do União Brasil e da maior liderança da legenda e da oposição na Bahia, o ex-prefeito ACM Neto. Não haveria mais resistências nem por parte do deputado federal Félix Mendonça Júnior (PDT), defensor da permanência na chapa da atual vice-prefeita Ana Paula (PDT).

Linha de corte

O vereador de Salvador Sabá (PP) articula para que o colega Ricardo Almeida (Podemos) não ingresse no DC. O pepista alega que teria prioridade em se filiar à legenda pela qual foi originalmente eleito no pleito de 2020. A exemplo do próprio, defende que o partido tenha candidatos de no máximo 5 mil votos. Só que Almeida, edil de 10 mil, promete levar à legenda outros candidatos, como já revelou a coluna. Quem vai decidir a dividida é o prefeito Bruno Reis (União).

Planos de Zó

O deputado estadual Zó deve deixar o PCdoB e a federação formada pelo PT e o PV e migrar para outra sigla da base do governo baiano se não for o escolhido do grupo para disputar a Prefeitura de Juazeiro. A manobra é defendida pelas lideranças ligadas ao parlamentar no município do norte do Estado. O comunista anda irritado com o fato de o PT seguir defendendo a candidatura do ex-prefeito Isaac Carvalho, que ainda estaria inelegível.

Umbigo grande

Por sinal, Isaac Carvalho sequer tem participado das reuniões promovidas por Zó e pelo deputado estadual Roberto Carlos (PV), outro pré-candidato da federação em Juazeiro, para tentar unir a base de Jerônimo. A atitude tem deixado os aliados no município indignados. “Isaac só pensa nele, só faz reunião para ele. Não tem o menor senso de unidade e acha que, se não puder ser candidato, pode botar novamente a esposa”, afirmou à coluna uma liderança governista do município.

PSD sangrando

Somente nesta semana, o PSD do senador Otto Alencar perdeu dois prefeitos para o Avante, comandado na Bahia pelo ex-deputado federal Ronaldo Carletto. Foram eles: os gestores de Itajuípe, Léo da Capoeira, e de Itanhém, Mildson Medeiros. Outros dois já acertaram com o MDB, como revelou nesta terça (20) o Política Livre: os de Tucano, Ricardo Maia Filho, e de Ribeira do Pombal, Eriksson Silva.

Racha no Republicanos

Contrariando ACM Neto (União), o Republicanos lançou em Camaçari a pré-candidatura de Sineide Lopes, ex-PSD, à Prefeitura do município. O movimento provocou um racha no próprio partido, uma vez que o deputado estadual Samuel Júnior, quadro da sigla, declarou apoio ao presidente da Câmara Municipal, Flávio Matos (União), lançado como sucessor do prefeito Antonio Elinaldo (União). No pleito de 2022, Samuel teve mais de 4,3 mil votos na cidade, contra menos de 2 mil de Sineide.

Desvio de foco

O prefeito de Conceição da Feira, João de Furão (PSB), adotou uma estratégia para evitar críticas sobre os gastos com atrações juninas. Para cada artista ou grupo contrato, ele promete anunciar uma obra. Exemplo: ao anunciar banda Limão com Mel, ele prometeu pavimentar dois loteamentos na cidade. Resta saber se o Ministério Público e o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) vão cair na conversa.

Volta ao lar

Homem de confiança de ACM Neto, de quem coordenou a pré-campanha no interior em 2022, Luciano Ribeiro (União), que não conseguiu retornar à Assembleia, vai tentar se eleger prefeito de Caculé pela terceira vez. O lançamento da pré-candidatura acontece nesta sexta (23), com a presença de diversas lideranças políticas, incluindo o próprio Neto. Antes, Ribeiro, que não deu certo na Secretaria de Ordem Pública de Salvador (Semop), dizia aos aliados que não tinha mais a intenção de disputar a Prefeitura.

Sinuca

A grande incógnita que já fica é se Luciano Ribeiro vai abrir mão do mandato de prefeito, caso seja eleito, num cenário de eventual vitória do deputado estadual Robinho (União) na disputa pela Prefeitura de Mucuri – o parlamentar também é pré-candidato, e tem como suplente o correligionário de partido. A segunda suplência é de Soldado Prisco (União).

Pitacos

* Depois da agenda em março, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) já estuda retornar a solo baiano entre os dias 11 e 15 de junho para participar da Bahia Farm Show, que acontece em Luiz Eduardo Magalhães, no oeste.

* O deputado estadual Diego Castro (PL) disse que vai assinar a lista em apoio à candidatura do ex-presidente da Assembleia Marcelo Nilo (Republicanos) ao TCM. Já o deputado Marcinho Oliveira (União) afirmou que vai seguir sem assinar.

* Bateu o desespero no vereador de Salvador Anderson Ninho, que tem feito de tudo para permanecer no PDT, mas a cúpula estadual da sigla não quer. Ele acredita que no ninho pedetista a reeleição seria garantida.

* O colégio de líderes da Câmara Municipal de Salvador pretende analisar na próxima terça-feira (27) projetos propostos por vereadores sobre mudanças no Carnaval, inclusive o acréscimo de novos circuitos à festa.

* Prefeito de Camaçari, Antonio Elinaldo (União) quer fazer um ato de adesões ao sucessor e vereador Flávio Matos (União) no mesmo dia do anúncio da pré-candidatura do secretário estadual de Relações Institucionais, Luiz Caetano (PT), em 1º de março.

* Já tem aliado da prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho (PT), ameaçando trocar de partido se não for o escolhido para a sucessão.

* Aliás, a principal adversária de Moema, a vereadora Débora Régis (PDT), promete fazer esta semana uma denúncia sobre a compra de aparelhos de ar-condicionado pelo município que nunca foram entregues. Seriam para climatizar escolas.

* Pré-candidato do PSDB à Prefeitura de Feira de Santana, o deputado estadual Pablo Roberto busca o apoio do PP no município.

* Nome do MDB para a Prefeitura de Barreiras, a ex-vereadora Karlúcia Macêdo tem tratado da sucessão com o pré-candidato do PP, Danilo Henrique, que é aliado do deputado federal pepista João Leão.

* Se tiver a candidatura em Itabuna mantida pelo PT local, o ex-prefeito Geraldo Simões terá o projeto eleitoral embargado pela federação dos petistas com o PCdoB e o PV, siglas que ocupam cargos na gestão Augusto Castro (PSD), postulante à reeleição.

Radar do Poder: O beijo no bruxo, a conexão Bangladesh, o nanico encorpado e o tucano resiliente

radar do poder | 14 fevereiro 2024

Baixo aproveitamento

Membros da base do chefe do Executivo estadual, Jerônimo Rodrigues (PT), consideram que o vice-governador Geraldo Júnior, pré-candidato do MDB à Prefeitura de Salvador, poderia ter aproveitado melhor os holofotes do cargo temporário de coordenador do Carnaval. No último dia da folia, quando Jerônimo estava em Cândido Sales a maior parte do tempo, o emedebista sequer organizou uma coletiva de imprensa de balanço parcial da festa. Deixou o prefeito Bruno Reis (União) brilhar sozinho.

Beijo no bruxo

Geraldo Júnior pode não ser bom ainda em falar com objetividade – o que talvez tenha sido o motivo da falta de uma coletiva comandada por ele –, mas é craque na tentativa de agradar os aliados com gestos de carinho melosos. Como Carnaval também é a festa do beijo, fez questão de umedecer a cabeça branca do senador Jaques Wagner (PT) na noite da terça (13), no Campo Grande. Foi o que o “bruxo” recebeu ao desembarcar de uma viagem ao EUA para visitar a filha e curtir a única noite de folia.

Bandeira branca

No campo político, o Carnaval deste ano foi de paz e amor entre os grupos de Jerônimo e Geraldinho e aquele de Bruno Reis e do antecessor ACM Neto (União). O único momento em que a bandeira branca quase foi deitada ocorreu quando o secretário estadual da Segurança Pública, Marcelo Werner, ensaiou criticar a iluminação colocada pela Prefeitura no entorno dos circuitos. Werner foi aconselhado no próprio governo a não insistir no discurso.

Conexão Bangladesh

Depois de curtir três dias do Carnaval de Salvador, o presidente da Assembleia, Adolfo Menezes (PSD), embarcou domingo (11) para mais uma viagem internacional. O destino: Bangladesh, na Ásia, de onde só retorna na próxima semana. Na abertura oficial da folia, Adolfo conseguiu unir numa mesma foto o prefeito Bruno Reis, a vice-prefeita Ana Paula Matos (PDT) e os governadores da Bahia, Jerônimo Rodrigues, e do Rio, Cláudio Castro (PL), aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Fugiu do Ilê

Presente mais uma vez no Carnaval de Salvador, o presidente da Câmara Federal, deputado Arthur Lira (PP-AL), recusou o convite de Jerônimo Rodrigues (PT), com quem almoçou no sábado (10), junto com outros parlamentares, para conferir a saída do bloco Ilê Aiyê, no mesmo dia. Preferiu o trio de Bell Marques e o conforto dos camarotes, além de evitar o risco de ser vaiado num ambiente estranho a ele. Bell, por sinal, tem sido beneficiado com o “mecenato” dos amigos políticos baianos de Lira.

Relação de respeito

Quem também marcou presença no almoço no Palácio de Ondina para Arthur Lira foi o líder do União Brasil na Assembleia, deputado Marcinho Oliveira. Em conversa com a coluna, Jerônimo disse que gostaria de ter com o restante da oposição a mesma relação de respeito que tem com o parlamentar liderado do deputado federal Elmar Nascimento (União). “Nós nos respeitamos e nos encontramos em alguns eventos, o que deveria ser visto com naturalidade por todos”, declarou o governador.

Papo carnavalesco

Presidente da Câmara Municipal de Salvador, Carlos Muniz (PSDB) visitou Geraldo Jr. no camarote oficial do Estado no Campo Grande, na terça (13) de Carnaval. O tucano garantiu à coluna que não conversou sobre política com o ex-aliado. “Falamos sobre a festa, que esse ano estava mais animada e melhor do que em 2023”. Quem testemunhou o encontro foi a prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho (PT).

DC encorpado

Como já havia antecipado o site e a coluna, o vereador Ricardo Almeida vai trocar o Podemos, que hoje faz oposição a Bruno Reis, pelo DC, agora comandado pelo assessor particular do prefeito Igor Dominguez. Membro da Primeira Igreja Batista, o edil promete levar 30 mil votos para a legenda. Ou seja, além dele, que recebeu mais de dez mil sufrágios no pleito de 2020, articula a filiação de outros candidatos, alguns do extinto PSC. Quem também deve retornar ao DC é o vereador Sabá, hoje no PP.

PP desfalcado

Há outros vereadores negociando o ingresso no DC, a exemplo de Leandro Guerrilha (PP) e Marcelo Maia (PMN). Com essas movimentações, o PP, atualmente com seis edis, só deve permanecer com quatro até a eleição, e o PMN, partido em cujo comando Bruno Reis não confia para inclui-lo entre as siglas nanicas aliadas, perde o único representante.

Desconforto “verde”

Do vereador petista Arnando Lessa defendendo a saída do vereador André Fraga do PV e da federação formada pelo partido com o PT e o PCdoB: “Ele é um filiado histórico do PV, mas se eu fosse ele pediria para sair, pois não seria justo a gente trabalhar para elegê-lo, já que ele apoia Bruno Reis”. À coluna, Lessa emendou: “Mas se ele insistir em ficar, vamos seguir a regra do jogo e não podemos tirá-lo à força”. Por sinal, André Fraga já avisou que não sai da sigla nem se o prefeito pedir.

Resiliência

O vereador Téo Senna não pretende deixar o PSDB, apesar de esse ser o desejo dos colegas de partido, incluindo o presidente da Câmara Municipal, Carlos Muniz – embora ninguém admita abertamente. Téo é visto como um corpo estranho no ninho tucano. Ninguém esquece, por exemplo, que quando o partido dialogava com o governo do Estado para marcar posição, o vereador criticava o movimento pela imprensa. Ele se agarra a Bruno Reis para permanecer.

Senso de oportunidade

Uma eventual saída de Téo Senna poderia abrir as portas do PSDB para o ingresso do vereador Sidninho, hoje no Podemos. A manobra é vista com simpatia entre os tucanos. Há muito Sidninho manifesta o desejo de concorrer à reeleição no partido, que forma uma federação com o Cidadania do vereador Joceval Rodrigues – que deve migrar para o MDB por fazer parte da base do governo estadual.

Briga no Nordeste

Filho do deputado federal Bacelar (PV) e pré-candidato a vereador, João Cláudio Bacelar, presidente do Podemos em Salvador, aproveitou o Carnaval para marcar presença no Nordeste de Amaralina, considerado reduto eleitoral do vereador Cláudio Tinoco (União), um dos principais aliados do prefeito Bruno Reis. Até Geraldo Júnior esteve presente na localidade. A briga promete ser boa!

Apelo à Mesa

O deputado estadual Fabrício Falcão (PCdoB) promete fazer na próxima semana um discurso para tentar sensibilizar os colegas de que deve ser inscrito para disputar a cadeira de conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). O objetivo é apelar principalmente aos colegas da Mesa Diretora, que têm a prerrogativa de aprovar postulantes ao cargo. Matematicamente, Fabrício não tem mais como obter as 13 assinaturas necessárias para se inscrever diretamente.

Pitacos

* Bruno Reis pretende fazer, ainda esta semana, um ato formal para dar posse aos novos presidentes do PRD e do DC, os assessores da Prefeitura Francisco Elde e Igor Dominguez, respectivamente. Na prática, os dois já assumiram as funções.

* A federação PT, PCdoB e PV convidou o vereador Joceval Rodrgues (Cidadania) para ingressar no grupo. Sabendo que lá as chances de reeleição seriam pesadas, mesmo com muita reza, o edil pulou fora.

* O deputado estadual Ângelo Coronel Filho (PSD) defende que a PEC da reeleição, que garante o terceiro mandato do aliado Adolfo Menezes (PSD) no comando da Assembleia, seja votada ainda em março. “Adolfo já é quase unanimidade”.

* Os deputados do G+, um dos dois grupos informais de oito membros na Assembleia, analisam a possibilidade de não se oficializar em 2024. Com isso, não deve haver mudanças na união de forças no comando das comissões da Casa.

* Tem gente graúda no PT contabilizando que o ex-deputado Marcelo Nilo (Republicanos) não terá os votos dos 19 parlamentares da oposição que assinaram a lista de inscrição dele para o TCM.

* O mesmo petista disse à Radar do Poder não acreditar no voto de protesto do deputado Fabrício Falcão (PCdoB), que dificilmente conseguirá a inscrição para entrar na disputa, em Marcelo Nilo. “Fabrício e os demais do PCdoB devem votar nulo”.

* Em coletiva no Carnaval, Jerônimo Rodrigues disse que deve apoiar, em Ribeira do Pombal, a reeleição do prefeito Eriksson Silva (PSD). Mas admitiu que Nay Grillo (PSB), ex-aliada de ACM Neto, representa a “banda b” governista.

* No caso de Santo Antônio de Jesus, capital do Recôncavo, Jerônimo afirmou que estão bem avançadas as tratativas para que o candidato da base seja o ex-prefeito Euvaldo Rosa (PSD).

* O vice-prefeito de Barreiras, Emerson Cardoso (União), não gostou nada de ser preterido da sucessão pelo prefeito Zito Barbosa (União), que escolheu como candidato em 2024 o vereador Otoniel Teixeira (PSD).

* Emerson Cardoso ficou irritado porque tinha a palavra de Zito Barbosa de que seria o indicado. Agora, se diz traído e ameaça entrar na disputa por outra sigla. A divisão agradou o ex-deputado Tito (PT), que deve ser o candidato de Jerônimo.

Radar do Poder: O pêndulo de Jerônimo, a cisma com Lídice, o sucessor de Edvaldo e o plano da Universal

radar do poder | 07 fevereiro 2024

Pêndulo de Jerônimo

O governo Jerônimo Rodrigues (PT) articula para tentar equilibrar as forças entre os aliados com o objetivo de evitar que um ou dois partidos da base eleja em 2024 um número de prefeitos que destoe em escala muito grande dos demais, como aconteceu em 2020 com o PSD e o PP  – o primeiro saiu das urnas com 107 e o segundo com 92. A estratégia visa ainda fortalecer o PT, que só elegeu 32 no último pleito, porém já filiou mais de 10 em 2023 com o respaldo do Palácio de Ondina, mirando sair das urnas com cerca de 70.

Operação Avante

As movimentações no interior acontecem também para tentar conter a “sede” do Avante, que tem incomodado aliados de Jerônimo. A sigla, que só elegeu quatro prefeitos em 2020, já teria filiado mais de 50 desde que o ex-deputado federal Ronaldo Carletto assumiu o comando do partido na Bahia. Para o governo, que atuou no sentido de dar musculatura à legenda para provocar baixas na oposição, já está de bom tamanho, embora aliados ainda se queixem do assédio de Carletto a pré-candidatos.

Caminhos aconselhados

Exemplo de que o governo atua no equilíbrio de forças se dá em Jacobina. Lá, a ex-presidente do PT Mariana Oliveira, que saiu do partido para ser candidata à Prefeitura – a federação dos petistas com o PCdoB e o PV decidiu, a contragosto de muitos, apoiar a reeleição do prefeito comunista Tiago Dias -, negociava com o Avante, mas foi aconselhada a ir para o PSB. O Solidariedade é outro partido indicado pelos operadores governistas para pré-candidatos, sobretudo aqueles sem tradição na esquerda.

Incorporando adesistas

Aliás, a presidente do PSB da Bahia, deputada federal Lídice da Mata, planeja um salto do partido nas eleições deste ano – em 2020, saiu das urnas com 30 prefeitos. Semelhante à do Avante, a estratégia visa, inclusive, atrair gestores e lideranças da oposição, como aconteceu em Mucugê, com a filiação da prefeita Ana Medrado, ex-União Brasil e postulante à reeleição, e em Ribeira do Pombal, com o ingresso da pré-candidata à Prefeitura de Nai Grillo, ex-PDT.

Banda B

Lídice disse que nas conversas com essas lideranças que estiveram com o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União) nas eleições de 2022 e que ingressaram no PSB ficou claro que não há garantias de apoio de Jerônimo na disputa municipal. “Todo mundo entende que a preferência é de quem esteve no projeto em 2022, mas onde for possível a aliança com o governador, vamos trabalhar por isso”, afirmou à Radar do Poder. O não apoio, no entanto, não descarta os planos dessas lideranças, mesmo como “banda B” do governo. Esse e o caso, também, da governista Mariana Oliveira em Jacobina.

Cismado com Lídice

Em Ribeira do Pombal, quem não gostou nada da manobra de Lídice foi o deputado federal Ricardo Maia (MDB), que apoia o prefeito Eriksson Silva (PSD). Maia não abre mão do respaldo de Jerônimo à reeleição do aliado, que “comeu poeira” com o hoje governador no pleito de 2022. Eriksson, por sinal, vai trocar o PSD pelo MDB. A mesma mudança fará o prefeito de Tucano e filho homônimo do parlamentar emedebista.

Eu não sou a Universal

O vereador Isnard Araújo (PL) rompeu com a Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) porque os líderes da entidade pediram que ele não disputasse a reeleição para a Câmara Municipal em 2024. O plano dos pastores para o edil era empregá-lo, a partir de 2025, no gabinete do deputado federal Márcio Marinho (Republicanos), que é bispo. Antes mesmo do rompimento, a Iurd já tinha planos de lançar a candidatura a vereador do pastor Kênio Resende para substituir Isnard, com as bençãos de Marinho.

Alvo anterior

Vale lembrar que algo semelhante aconteceu, antes das eleições de 2018, com o então deputado estadual Sildevan Nóbrega, que também foi vereador de Salvador e era pastor da Iurd, a exemplo de Isnard. A igreja decidiu que o irmão de fé não seria mais candidato à reeleição pelo então PRB, hoje Republicanos, para renovar quadros políticos, provocando o rompimento. Nóbrega, então, se filiou ao Podemos, mas não alcançou os votos suficientes para se reeleger.

Desanimado

Como prêmio de consolação, Sildevan Nóbrega foi nomeado para um cargo na Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob) por indicação do atual presidente do Podemos na Bahia, o deputado federal Raimundo Costa, mas foi exonerado esta semana, uma vez que a sigla está na base de Jerônimo. “Estou sem perspectiva para a política”, disse Sildevan à coluna ao descartar candidatura a vereador este ano.

Sucessor de Edvaldo

O deputado federal Antônio Brito (PSD) tem trabalhado para garantir  um vereador de sua confiança na Câmara Municipal de Salvador. Com a provável aposentadoria do pai, o vereador Edvaldo Brito (PSD), o parlamentar busca emplacar o atual diretor de Habitação da Conder, Carlos Kleber, que já foi seu assessor. O deputado busca candidatos com até três mil votos para formar uma lista de postulantes para poder eleger o aliado com folga.

Depois do Carnaval

O PP marcou para depois do Carnaval a tão aguardada reunião para discutir o posicionamento oficial do partido no pleito em Salvador. O encontro, que aconteceria no início de janeiro, já foi adiado ao menos duas vezes. Um dos temas discutidos será a presidência municipal da legenda. Líder do PP na Assembleia e representante da legenda na capital, o deputado Niltinho já descartou assumir o posto. Os pepistas devem anunciar o apoio à reeleição do prefeito Bruno Reis (União).

 

Relação afinada

Líder do governo na Assembleia, o deputado petista Rosemberg Pinto reuniu na residência de Lauro de Freitas, nesta terça (06), o ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB) e o presidente do PT da Bahia, Éden Valadares, além do vice-governador Geraldo Júnior (MDB) e do chefe de Gabinete do governador Jerônimo Rodrigues (PT), Adolpho Loyola. Um dos temas discutidos foi o perfil do coordenador da campanha em Salvador. Ficou acertado ainda que MDB e PT terão uma relação afinada em 2024, mesmo em Vitória da Conquista.

Cafezinho fechado

A Mesa Diretora da Assembleia decidiu que a sala do cafezinho do plenário será de uso exclusivo dos deputados. Desde a reabertura dos trabalhos, na semana passada, não é mais permitido o acesso de convidados e até mesmo da imprensa. A decisão veio após a bagunça feita no espaço, no final do ano passado, por um grupo de defensoras públicas, que cobravam a aprovação de um projeto de lei de aumento salarial estratosférico à categoria. Teve assessor do órgão que entrou na sala afirmando que era jornalista.

Ciúmes na base

Aliados do governador Jerônimo Rodrigues têm demonstrado ciúmes com o tratamento dispensado pelo Executivo à deputada estadual Ivana Bastos (PSD). Segundo queixas que chegaram à coluna, a parlamentar tem sido uma privilegiada no atendimento de demandas, enquanto outros sequer conseguem uma audiência com o morador do Palácio de Ondina. Ivana, por sinal, tem participado da maioria das agendas de Jerônimo, e já fez até viagem internacional com o governador.

Pitacos

* Bruno Reis e ACM Neto intensificaram em janeiro as conversas (e as fotografias) com lideranças do interior mirando as eleições. Um dos que passaram pela Prefeitura foi o prefeito de Itapetinga, Rodrigo Hagge (MDB), que apoiou Neto em 2022.

* Igor Dominguez e Francisco Elde, assessores da Prefeitura e novos presidentes estaduais do DC e do PRD, respectivamente, participaram de algumas dessas reuniões com lideranças do interior, a exemplo da que ocorreu com o prefeito de Simões Filho, Dinha Tolentino.

* Geraldo Júnior (MDB) tem buscado se aproximar mais do presidente da Conder, José Trindade. Os dois vistoriaram obras esta semana em Salvador. O emedebista sabe que precisa muito do apoio de Trindade na eleição.

* O deputado estadual Samuel Júnior (Republicanos) bancou o guia turístico online nas férias em Roma, Itália. Publicou um vídeo nas redes sociais destacando curiosidades religiosas do Coliseu.

* O deputado estadual Fabrício Falcão (PCdoB) não desistiu da inscrição para disputar a cadeira no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). Ele garante que, se conseguir entrar na disputa, vai dar trabalho para o principal concorrente, o deputado estadual Paulo Rangel (PT).

* Nos corredores da Assembleia, o comentário é que Paulo Rangel já é virtual conselheiro. Ele pode ser inscrito com até 39 assinaturas. O deputado Eures Ribeiro (PSD), que estava relutante, teria assinado em favor do petista.

* Depois de perder a disputa para ser o sucessor do prefeito de Camaçari, Antônio Elinaldo (União), o vice-prefeito José Tude (União) lançou a pré-candidatura a vereador no município. Ex-gestor da cidade e ex-deputado, deve ser o mais votado em outubro.

* Aliás, Elinaldo tem literalmente batido bola e ajustado o passe com o candidato escolhido para a sucessão, o vereador Flávio Matos (União), atual presidente da Câmara. Os dois andam grudados.

* O historiador Wesley Faustino demonstrou que, apesar da perda populacional de quase nove mil habitantes, Ubatã, no sul da Bahia, manteve praticamente o mesmo número de eleitores entre os censos de 2010 e 2022. Ele busca uma explicação.

* O deputado estadual Leandro de Jesus (PL) promete novidades sobre a pré-candidatura dele a prefeito de Lauro de Freitas depois do Carnaval. Garante que o projeto é real, embora não seja levado a sério pelas lideranças da oposição no município.

Radar do Poder: No vácuo de Adolfo, o constrangimento de Vovô, a comunista arredia e a vitória contra o piscineiro

radar do poder | 31 janeiro 2024

No vácuo

Com a reabertura dos trabalhos, nesta quinta (1º), a Assembleia volta a se debruçar sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que permite, em 2025, a segunda reeleição do deputado Adolfo Menezes (PSD) à presidência da Casa. O texto só não será votado em março se o próprio Adolfo não quiser. Caso não queira, temendo uma reação negativa do Supremo Tribunal Federal (STF), já há parlamentares no vácuo do atual presidente de olho no cargo. O mais ávido é Vitor Bonfim (PV).

Relator-mor

Bonfim, que costuma relatar praticamente todos os projetos do Executivo, busca se aproximar cada vez mais de Adolfo Menezes e do PT visando se fortalecer como opção para o comando do Legislativo. Ele, que em 2023 foi até em plenária petista, é um dos principais articuladores da candidatura do deputado estadual Paulo Rangel (PT) ao Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), em eleição que deve ocorrer também em março na Assembleia.

Planos sepultados

Paulo Rangel, com o apoio declarado da maioria dos colegas da Assembleia e de lideranças como os senadores Jaques Wagner (PT) e Otto Alencar (PSD), segue favorito para o TCM, o que não é uma boa notícia para o líder do governo, deputado Rosemberg Pinto (PT). O parlamentar petista sabe que a vitória do colega para o tribunal inviabiliza de vez os planos de suceder a Adolfo Menezes na presidência do Legislativo. Afinal, a fama de “quer tudo” do PT já tem incomodado há muito os parlamentares.

Desaconselhado

Ainda sobre a PEC da reeleição, Adolfo Menezes tratou do assunto esta semana com Otto Alencar num encontro a dois. O senador tem desaconselhado o colega de partido a levar adiante a ideia justamente por conta da jurisprudência do STF, embora garanta todo apoio necessário ao aliado seja qual for a decisão. Caso Adolfo não vá para a reeleição, o que é visto como improvável, Otto promete apoiar a deputada Ivana Bastos (PSD) para o comando do Legislativo estadual.

Sem agenda

O ouvido do governador Jerônimo Rodrigues (PT) tem coçado por, segundo os deputados, não cumprir a promessa de atender parlamentares e prefeitos para ouvir as demandas municipais. Quanto mais se aproxima a eleição, maior é a chiadeira. Os queixosos, naturalmente, estão entre os que não conseguiram uma audiência com o morador do Palácio de Ondina até agora, quando se completa um ano de governo.

Do outro lado

Turbinada por recursos vultosos da Prefeitura de Salvador, a Senzala do Barro Preto, sede do Ilê Ayiê, praticamente fechou as portas para o lançamento, na semana passada, do Carnaval pelo governo do Estado, obrigando a assessoria do governador Jerônimo Rodrigues a encontrar de emergência um local alternativo – o evento aconteceu no Pelourinho. Vale lembrar que, no último dia 23, o prefeito Bruno Reis lançou o Carnaval do município na Senzala do Barro Preto.

Restrição de Vovô

A restrição ao governo estadual teria sido imposta por Vovô, comandante do bloco e do espaço, que não respondeu aos pedidos de confirmação para que o lançamento ocorresse na sede do Ilê. Apesar disso, o dono de uma das agremiações afro mais famosas do país compareceu ao evento comandado por Jerônimo. Lá, no entanto, passou constrangimento. Ninguém o citou nos pronunciamentos e ainda foi olhado com cara de reprovação pelos presentes.

Comunista arredia

A deputada estadual Olívia Santana (PCdoB) segue insatisfeita com a escolha do vice-governador Geraldo Júnior (MDB) para disputar a Prefeitura da capital. Ela não esteve presente, na noite desta terça-feira (30), no ato organizado pelos comunistas em favor do emedebista. Como a mais votada para a Assembleia em Salvador no pleito de 2022, e até pouco tempo pré-candidata a prefeita, a presença dela era tida como fundamental na estratégia de Geraldinho de tentar unir a esquerda em torno do projeto.

Nada de coadjuvante

“Olívia estava em atividade do mandato em Brasília. Todos os nossos parlamentares apoiam Geraldo Júnior”, garantiu à coluna o presidente do PCdoB baiano, Geraldo Galindo, citando a presença, no ato em apoio ao vice-governador, dos deputados federais do partido Daniel Almeida e Alice Portugal. O dirigente comunista defende, inclusive, que a legenda possa indicar o (a) vice na chapa do emedebista. Aliás, Olívia fica irritada quando tem o nome cogitado para essa posição de coadjuvante.

Disputa conservadora

O deputado estadual Diego Castro (PL) realizou, no sábado (27), em Salvador, o primeiro Encontro da Direita no bairro de Pirajá, mas não convidou o colega conservador de Assembleia Leandro de Jesus (PL) – o ex-ministro João Roma (PL) participou. A disputa pelo voto bolsonarista entre os dois deve ser intensa. Cada um com seus próprios candidatos a vereador. O foco dos parlamentares já é a reeleição em 2026.

Coronel indeciso

Por falar em voto conservador, o coronel Humberto Sturaro é o único prefeito-bairro de Salvador que cogita a possibilidade de deixar o cargo em abril para concorrer a uma cadeira de vereador de Salvador. Pessoas próximas ao bolsonarista, no entanto, acreditam que ele tomou gosto pela gestão e dificilmente vai abrir mão de comandar a Prefeitura-Bairro do Centro Histórico. Se concorrer no pleito, será pelo partido que Bruno Reis indicar – o coronel concorreu a deputado estadual pelo PL em 2022.

Sufocado pela federação

O PV da Bahia está convicto de que a federação com o PT e o PCdoB funcionou como uma espécie de armadilha para os “verdes”, que ficaram reféns dos petistas. Sem prestígio e cargos junto ao governo do Estado, a cúpula do partido também se vê deixada de lado nas definições para o pleito de 2024. Não deve ter a prerrogativa da cabeça de chapa em nenhum município importante que pleiteava: Juazeiro e Candeias. É bom lembrar que o PV baiano foi contra a federação, imposta nacionalmente, e preferia ficar ao lado de Bruno Reis.

Piscineiro na mira

Criticado por colegas, que não raro o chamam de “arrogante”, o criminalista Gamil Foppel ganhou ação por danos morais de R$ 700 contra o ex-piscineiro de sua casa de praia em Sauípe. O trabalhador teria cobrado a mesma quantia da mulher do advogado, referente aos meses de fevereiro e março de 2023, apesar de não ter feito a limpeza da piscina. Sem conseguir resolver a questão com o profissional, Gamil foi à Justiça. Obteve decisão favorável da juíza Marina Kummer de Andrade. Mas colegas acham que a medida tomada pelo criminalista não passou de mesquinharia.

Beyoncé

Responsável pela vinda a Salvador, em dezembro do ano passado, de Beyoncé, Potyra Lavor, produtora do prestigiado Afropunk, não teria gostado nada de ver o secretário municipal de Cultura, Pedro Tourinho, aparecer como o autor do convite à famosa cantora norte-americana. Sabedora do impacto que a visita causaria, Lavor pediu apoio a Tourinho para a estadia de Beyoncé na capital baiana. Não esperava, entretanto, que, bancando a estratégia do mistério, Tourinho insinuasse a condição de anfitrião da artista na cidade.

 

Sem prestígio

Presentes à tradicional Lavagem do Bonfim de Mata de São João, no final de semana, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) e o secretário de Relações Institucionais Luiz Caetano ignoraram o candidato do PT à sucessão local, Paulo Henrique. Nos registros que fizeram em suas redes sociais sobre a participação no evento, não é possível ver um fio de cabelo do petista.

Pitacos

* Pelo segundo ano consecutivo, o diretor-geral das Prefeituras-Bairro de Salvador, Luciano Sandes, vai pilotar um camarote oficial no Campo Grande para receber as lideranças de Bruno Reis. Em ano eleitoral, o espaço ganha peso maior.

* Vale pontuar que o próprio Bruno Reis também terá, como de praxe, o próprio camarote oficial na folia, no Campo Grande, assim como Jerônimo Rodrigues, que tentará usar a festa para impulsionar o nome de Geraldo Júnior.

* Quem promete colar em Bruno Reis e na exposição do chefe do Executivo municipal na folia é a vice-prefeita Ana Paula Matos (PDT), que almeja continuar na chapa em 2024. 

* Na mesma semana em que o presidente do PSD baiano, senador Otto Alencar, descartou que a sigla vá brigar pela vice de Geraldo Júnior, a vereadora petista Marta Rodrigues admitiu que o PT deve fazer a indicação.

* Curioso o movimento para apresentar como possível vice de Geraldo Júnior o vereador petista Luiz Carlos Suíca, logo aquele da oposição que é mais próximo de Bruno Reis, inclusive no recebimento de emendas.

* Os vereadores do União Brasil de Salvador combatem, por enquanto com educação, as conversas para o possível ingresso na sigla dos edis Ricardo Almeida e Sidninho, ambos do Podemos. Isso porque, segundo eles, os dois são muito “pesados”.

* O deputado Fabrício Falcão (PCdoB) tem lembrado aos colegas, na campanha pelo TCM, que foi o único dos candidatos a não defender ou apoiar a extinção do órgão. Pelo contrário: enviou, no passado, cartas a conselheiros no sentido oposto.

* Durante o lançamento do secretário municipal de Obras, Hélder Macedo, como candidato à sucessão, no final da semana passada, o prefeito de Euclides da Cunha, Luciano Pinheiro (PDT), conseguiu juntar no palanque PT, União Brasil, PSB e PL.

* O deputado estadual Rosemberg Pinto (PT) articula para lançar, no ninho petista, a ex-primeira-dama de Itapetinga Cida Moura como candidata a prefeita no município.

Radar do Poder: Mais um vice para Geraldinho, o balde de gelo de Lula, o Bruno ‘tomador’ e a disputa no tambor

radar do poder | 24 janeiro 2024

Vice para Geraldinho

Começou a circular dentro do PT o nome do secretário estadual de Justiça e Direitos Humanos, Felipe Freitas, que é petista, como alternativa para completar a chapa liderada pelo vice-governador Geraldo Júnior (MDB) na disputa pela Prefeitura de Salvador. Advogado, negro, professor universitário, pesquisador, defensor dos direitos humano, voz da esquerda, Freitas, que nasceu em Feira de Santana, nunca disputou uma eleição.

Colher de fora

Outro quadro petista sempre lembrado para o posto é a secretária estadual de Assistência Social, Fabya Reis, que nasceu em Itamaraju, foi do MST e tem atuação política em Salvador. Aliás, sobre a vice de Geraldo Júnior, os irmãos Vieira Lima, que comandam o MDB baiano, não pretendem meter a colher: vão deixar a questão para ser resolvida pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT) e pelo conselho político, afinal já brigaram demais para ficar com a cabeça de chapa.

Balde de água gelada

A visita do presidente Lula (PT) a Salvador foi um banho de água fria para Geraldo Júnior, sem qualquer manifestação concreta de apoio ao emedebista, mas a água ficou gelada mesmo na nesta terça (23), na entrevista do petista à Rádio Metrópole. Lula deixou claro que vai ficar distante da capital baiana na eleição porque não quer mais problemas no Congresso com os aliados do União Brasil, partido do prefeito Bruno Reis e do deputado federal Elmar Nascimento, que deve ser o próximo presidente da Câmara.

“Cantou a pedra”

O senador Jaques Wagner (PT) foi o primeiro, como sempre, a “cantar a pedra” sobre o não envolvimento de Lula na campanha de Geraldo Júnior, em conversas com jornalistas logo após o anúncio da pré-candidatura do emedebista. Aliados do “bruxo”, no entanto, acreditam que o presidente pode ser convencido a mudar de posição se o vice-governador tiver uma curva de crescimento nas pesquisas. Jerônimo promete ficar em cima de Lula pela participação em Salvador.

Felicidade comparada

Ainda sobre a visita de Lula a Salvador, ficou nítido o desconforto do presidente ao ser solicitado a tirar fotos com Geraldo Júnior, com quem trocou poucas palavras. Em uma das imagens divulgadas, o vice-governador beija o lado da testa do petista, que esboça um sorriso sem graça. Em nenhuma das fotos com o emedebista Lula aparece tão feliz quanto naquela tirada, em 2023, com o prefeito Bruno Reis (União), que não acompanhou a agenda presidencial com receio de ser vaiado pela claque petista.

Bruno “tomador”

Bruno Reis garantiu aos vereadores da base que vai “tomar” dois partidos que orbitam em torno da base do governador Jerônimo Rodrigues. Ele não citou explicitamente quais seriam as siglas, mas aliados apostam no PRD, sob a influência do secretário de Meio Ambiente de Lauro de Freitas, Alexandre Marques, e no Agir, controlado pelo deputado estadual Júnior Muniz (PT).

Puxadores evangélicos

A ideia do prefeito é colocar dois vereadores evangélicos puxadores de voto em cada uma das siglas. Um deles é o vereador Ricardo Almeida, de saída do Podemos, sigla que aderiu em 2023 à base de Jerônimo. Ele pode migrar para o Agir, mas a legenda tem resistência em abrigar quadros com mandato. O outro é o edil Isnard Araújo, que deseja assumir a presidência estadual ou municipal do PRD, como já revelou o Política Livre. Quanto mais siglas à disposição, menos complexa fica a arrumação.

Assédio a Toinho

O PRD tem interesse na filiação do vereador Toinho Carolino, que está no Podermos e é um dos mais próximos de Bruno Reis. O Agir também marcou uma reunião com o mesmo edil para esta semana. Toinho tem mantido conversas ainda com o DC, outro partido pequeno que deve marchar com o prefeito. “Quero tomar a minha decisão até o final deste mês, pois não vejo mais possibilidade de o Podemos apoiar Bruno”, disse Toinho à coluna.

Fora da mesa

Embora o Agir seja ligado ao deputado Júnior Muniz, não há aliança automática com Jerônimo, tanto que o próprio petista já esteve com Bruno Reis para tratar de 2024. O parlamentar tem dito a colegas de Assembleia que a legenda nunca foi convidada para as reuniões do conselho político do governador, diferentemente do PRD, presente nos encontros. Ou seja, o tratamento dado nunca foi de aliado.

Periquita de pirata

Depois de ter brigado pela candidatura à Prefeitura no grupo governista e adotado um tom de confronto aos planos de Jerônimo Rodrigues de escolher Geraldo Júnior em Salvador, a deputada estadual Olívia Santana (PCdoB) tem aparecido nos eventos do governo literalmente “fungando” no pescoço do chefe do governador. Quem comenta, em tom de reprovação, é a chamada “primeira turma” do Executivo, segundo a qual a comunista ainda não notou que Jerônimo não estima tamanha proximidade com ela.

Batendo tambor

Além de disputar partidos, Bruno Reis e Geraldo Júnior, coordenador do Carnaval do governo do Estado, também já começaram o duelo para ver quem vai fazer o Carnaval mais superlativo de todos os tempos. Na briga para ver quem faz a melhor coletiva, para eles tudo agora é “o maior de todos os tempos”, “o mais afro” e “o mais democrático”. O prefeito e o vice-governador disputam também, pelo que se viu nas redes sociais esta semana, quem bate melhor o tambor antes da folia começar.

SAC em casa bolsonarista

Causou revolta entre os petistas da gema a escolha do espaço do Shopping Bahia Outlet, de propriedade da família de Rosemma Maluf, ex-secretária na gestão de ACM Neto (União) e apontada também como bolsonarista, para a implantação da nova unidade do SAC em Salvador. Para eles, haveria outros espaços disponíveis no bairro do Uruguai, inclusive de figuras simpáticas ao PT, que poderiam acolher o novo órgão estadual. O investimento na unidade é de R$4,2 milhões.

Pai da criança

Por sinal, chamou a atenção, na abertura do novo SAC no Shopping Bahia Outlet, a colocação de uma faixa de agradecimento não só ao governador Jerônimo Rodrigues, mas também ao ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), ao deputado federal Daniel Almeida (PCdoB) e à deputada estadual Olívia Santana (PCdoB).

Quem colou?

Considerados por emedebistas uma declaração de guerra, os cartazes colocados na Lavagem do Bonfim em que o vice-governador aparece no colo do ex-ministro Geddel Vieira Lima com a inscrição “Geraldo Júnior, traidor marionete de condenado”, conforme revelado na última coluna, passaram a ser atribuídos a petistas radicais, e não ao prefeito Bruno Reis, a quem não interessaria a provocação neste momento de pré-campanha. Ou seja, a suspeita agora é de fogo amigo.

Trabalhos só em março

A Assembleia Legislativa reabre os trabalhos em 2024 no dia 1º de fevereiro, quando o governador Jerônimo Rodrigues lê, em solenidade a partir das 16h30, a tradicional mensagem do Executivo ao Legislativo – pela manhã, o petista estará na posse da nova Mesa Diretora do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). Entretanto, por conta do Carnaval e de viagens de alguns parlamentares, os trabalhos só devem começar para valer em março, mesmo a folia começando e terminando mais cedo este ano.

Pitacos

* Geraldo Júnior já recebeu individualmente os quatro vereadores do PT de Salvador para alinhar os ponteiros. Reatou relações, inclusive, com os mais críticos à candidatura dele, a exemplo de Tiago Ferreira. O clima foi de paz e amor.

* Nas conversas, os vereadores petistas pediram a Geraldo Júnior apoio para que o governo do Estado atenda os pleitos dos edis no que se refere a obras nas comunidades em Salvador, sem desrespeitar a legislação eleitoral.

* Líder do MST, o deputado federal petista Valmir Assunção aposta num “crescimento vertiginoso” do PT nas eleições de 2024 na Bahia. Para ele, a sigla vai ficar entre as duas com o maior número de prefeitos eleitos. A briga é com o PSD e o Avante.

* Pré-candidatos do PT em Conquista, Feira e Camaçari, os deputados Waldenor Pereira e Zé Neto e o secretário de Relações Instucionais, Luiz Caetano, também aproveitaram Lula em Salvador para fazer fotos com o presidente.

* Presidente do PCdoB baiano, Geraldo Galindo assumiu o comando, no Estado, da federação formada pelo partido dele com o PT e o PV, chamada de Brasil da Esperança. No rodízio, ele substituiu o petista Éden Valadares.

* Pareceu interminável o evento de anúncio das operações policiais para o Carnaval feito nesta terça (23) pelo governo do Estado. O governador deixou todo mundo falar, até quem não tinha nada a ver com a pauta.

* O presidente do PP da Bahia, deputado federal Mário Negromonte Júnior, foi visto transitando como aliado em secretarias do governo do Estado esta semana.

* Presidente do PL da Bahia, João Roma se tornou uma espécie de porta-voz dos produtores rurais no Estado. A postura equilibrada do ex-ministro no conflito de terras com indígenas no sul do Estado agradou em cheio à turma do agro.

* O PL de Feira de Santana abriu procedimento para expulsar o vereador Jurandy Carvalho do partido. O edil é acusado de fazer elogios ao governador Jerônimo Rodrigues (PT). Se a moda pegar, haverá uma verdadeira caça às bruxas no Estado.

* Ninguém da oposição em Lauro de Freitas leva a sério a pré-candidatura do deputado estadual bolsonarista Leandro de Jesus (PL) à Prefeitura do município.

Radar do Poder: A marcha lenta de Jerônimo, o Geraldinho da PM, a companheira chic do Bonfim e a combinação de Bruno e Roma

radar do poder | 17 janeiro 2024

Marcha lenta

Lideranças do interior e deputados aliados ao Palácio de Ondina criticam a Secretaria de Relações Institucionais pela marcha lenta na realização de audiências com o governador Jerônimo Rodrigues (PT). Em setembro de 2023, após cobranças dos correligionários, o petista prometeu receber os parlamentares da base acompanhados de seus respectivos prefeitos e potenciais candidatos em 2024. Contabilizando os deputados estaduais, atendeu a apenas nove, de um total de 42 da bancada governista. As viagens de Jerônimo ao interior não satisfazem porque não há audiências reservadas.

Déficit eleitoral

O ritmo lento preocupa principalmente os prefeitos, que almejam obras do governo do Estado para impulsionar as próprias candidaturas à reeleição ou a dos sucessores. A avaliação é que, apesar de toda a simpatia de Jerônimo, que tem sido poupado das críticas pelo trato pessoal, faltou ação do Executivo estadual para contratar ou iniciar intervenções que poderiam ser entregues em 2024.

Geraldinho da PM

O vice-governador Geraldo Júnior (MDB) fez uma série de publicações nas redes sociais homenageando os três anos no cargo dos comandantes da PM, dos Bombeiros e da Polícia Civil no Estado. “Rolando Lero”, apelido do emedebista, tem certeza de que pode ser o candidato a prefeito de Salvador das forças de segurança, até porque nomeou quase 40 policiais para acompanhá-lo, tirando-os das ruas.

Grau de envolvimento

Geraldo Júnior recebeu dos caciques petistas a garantia de que o presidente Lula fará um gesto de apoio à pré-candidatura do emedebista durante agenda em Salvador, nesta quinta (18). Na base aliada, existem dúvidas sobre a o grau de envolvimento do primeiro mandatário da Nação na campanha, pois o União Brasil, partido do prefeito Bruno Reis, é aliado do Planalto (embora nem sempre fiel) no Congresso.

Primeiros ataques

Cartazes afixados em vários trechos do longo do cortejo do Bonfim, na semana passada, deixaram claro que a campanha à Prefeitura de Salvador não será para amadores. Um deles, colocado à farta no caminho em direção à colina, retratava o vice-governador como um bebê no colo do ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB), com a seguinte inscrição: “Geraldo Júnior, traidor marionete de condenado”. Governistas garantem que vai haver troco.

Contra-ofensiva

Aliás, Geddel já avisou que não vai deixar esse tipo de ataque barato. O ex-ministro promete contra-atacar utilizando como argumento, inclusive, as constantes visitas de Bruno Reis e do ex-prefeito ACM Neto (União) à residência dele em busca de manter o MDB entre os aliados na disputa eleitoral de 2022. Até o pleito do ano passado, os emedebistas pertenciam ao grupo liderado por Neto.

Chiquérrima

Quem desfilou ‘très chic’ na Lavagem do Bonfim foi a companheira de cortejo do deputado estadual Rosemberg Pinto (PT), líder do governo na Assembleia. Muito simpática, ela exibia com naturalidade uma bolsa Gucci de cerca de R$ 20 mil no circuito onde predomina o trânsito de gente muito simples cujo ânimo principal é mesmo a fé nos poderes milagrosos do Santo. Também petistas contaram pelo menos dois seguranças de cada lado do animado casal.

Comunista contraditória

Durante a festa do Bonfim, a deputada estadual Olívia Santana (PCdoB) disse em entrevistas que “já se sabia desde sempre da pactuação do governo” em favor da candidatura de Geraldo Júnior em Salvador. Entretanto, quando o Política Livre foi o primeiro veículo de comunicação a revelar a escolha do emedebista pelos caciques petistas, ainda em setembro de 2023, a parlamentar “rodou a baiana” e classificou a notícia como ficção. É por isso que não se confia em político.

Jogo combinado

Durante a Lavagem do Bonfim, o ex-ministro João Roma anunciou que o PL, que ele comanda na Bahia, só vai anunciar o apoio a Bruno Reis depois da visita do ex-presidente Jair Bolsonaro, líder nacional da sigla, à Bahia, em março. A mudança de estratégia teria sido um pedido do próprio prefeito a Roma, para não ser obrigado a receber ou tirar fotos com Bolsonaro em Salvador. Antes, estava certo que o PL anunciaria o apoio a Bruno ainda neste mês de janeiro.

Rixa antiga

O deputado federal Elmar Nascimento (União) tem simpatia pela candidatura do ex-deputado Marcelo Nilo (Republicanos) ao TCM. Tanto que o único liderado dele na Assembleia que não assinou a lista em favor do concorrente a conselheiro foi Marcinho Oliveira (União), adversário político do ex-parlamentar em Monte Santo. Elmar, no entanto, sabe que se declarar apoio a Nilo perde de imediato um voto na disputa pela presidência da Câmara: do deputado federal e inimigo pessoal do político do Republicanos Félix Mendonça Jr. (PDT).

Beliscada

Favorito ao TCM, o deputado estadual Paulo Rangel (PT) acredita que pode beliscar uns votos na bancada de oposição. Ele aposta nas relações antigas com alguns dos parlamentares mais experientes do bloco – ele é muito próximo, por exemplo, do deputado Sandro Régis (União). Para a oposição, no entanto, o petista deveria procurar assegurar arrematar o apoio dos parlamentares dos partidos que lhe prometeram respaldo. No PSD, uma dessas siglas, o deputado Eures Ribeiro não assinou a lista em favor de Rangel.

Reunião de condomínio

Na semana passada, a coluna revelou que Paulo Rangel e o deputado Fabrício Falcão (PCdoB), outro postulante ao TCM, residem no mesmo edifício em Salvador, o Carpe Diem, no Alphaville I (Patamares). Mas quem também mora por lá é o deputado estadual Vitor Azevedo (PL), um dos primeiros incentivadores da candidatura do petista ao tribunal. Neste período de recesso da Assembleia, os dois costumam conversar com frequência sobre os rumos da disputa como uma reunião a dois de condomínio.

Apelo de “Nonô”

Quem tem feito apelos ao governo em favor da candidatura de Fabrício Falcão ao TCM é o deputado federal Waldenor Pereira (PT), pré-candidato a prefeito de Vitória da Conquista, reduto eleitoral dos dois parlamentares. Embora elogie Paulo Rangel, “Nonô” acredita que o pleito do comunista é antigo e justo. Jerônimo ainda não se manifestou sobre qual dos dois candidatos da base irá apoiar.

Pé fora do muro

O apoio integral do PT ao grupo liderado, em Euclides da Cunha, pelo prefeito Luciano Pinheiro (PDT) pode tirar ao menos um dos pés de Jerônimo Rodrigues de cima do muro na eleição no município. O chefe do Executivo estadual vinha prometendo neutralidade na disputa, afinal o líder da oposição na cidade, o ex-deputado federal José Nunes (PSD), também é da base. Mas a pressão dos petistas, que devem indicar a vice do candidato à sucessão escolhido por Pinheiro, pode ter efeito no coração do governador.

Alternativa grapiúna

Chefe do Executivo municipal em Itapetinga, Rodrigo Hagge (MDB) convidou o ex-prefeito de Itabuna Capitão Azevedo, hoje no PDT, a ingressar nas fileiras emedebistas. O movimento foi interpretado como uma espécie de “plano b” caso a pré-candidatura do ex-deputado Geraldo Simões (PT) seja afundada pelos petistas, como é a tendência. Nesse caso, o MDB, que não almeja apoiar a reeleição do prefeito Augusto Castro, teria como alternativa lançar candidatura própria na terra grapiúna.

Pitacos

* Presidente da Assembleia, Adolfo Menezes (PSD) foi a São Paulo antes da Lavagem do Bonfim para fazer uma série de exames rotineiros. Retornou confiante de que está em boas condições de saúde para tentar uma nova reeleição ao comando da Casa.

* O secretário estadual de Agricultura, Tum, se tornou, dentro do Avante, o maior defensor do deputado federal Pastor Isidório, que é do mesmo partido, como vice de Geraldo Júnior em Salvador, exatamente agora, quando ninguém mais acredita que a indicação se concretize.

* O vereador Sílvio Humberto (PSB), que tentou ser candidato da base de Jerônimo à Prefeitura de Salvador, será o líder da oposição na Câmara Municipal este ano. Promete dar trabalho a Bruno Reis neste ano eleitoral. Ele substitui Laina Crisóstomo (Psol).

* O senador Jaques Wagner (PT) segue artificializando a candidatura da vereadora Lúcia Rocha (MDB) em Conquista, magoando os irmãos Vieira Lima. Nas entrevistas, ele diz que o candidato natural da base é o deputado federal Waldenor Pereira (PT).

* Waldenor, por sinal, já recebeu apoios dos partidos PSD, PSB e Podemos, além do PCdoB e do PV, que integram a federação com o PT.

* Os auxiliares do governador Jerônimo Rodrigues (PT) passam a lupa nos mais de 20 projetos de lei de autoria dos deputados estaduais aprovados antes do recesso da Assembleia, em dezembro de 2023. Os parlamentares não acreditam em vetos.

* O deputado Marquinho Viana (PV) quer, no entanto, que Jerônimo vete ao menos o projeto do colega Pedro Tavares (União) que oficializa Morro do Chapéu como a “Capital do Vinho da Chapada”. O “verde” diz que o justo seria dar o título a Mucugê.

* Em Juazeiro, a incógnita entre os partidos da base de Jerônimo é se o pré-candidato do PT, o ex-prefeito Isaac Carvalho, está ou não inelegível. O assunto já virou até uma espécie de tabu no PV e no PCdoB, que pleiteiam a cabeça de chapa.

* A prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho (PT), anunciou que fará no sábado (20) um seminário com os pré-candidatos da base à sucessão municipal. A petista diz que são 13 os pretendentes a sucedê-la.

* O Avante do ex-deputado federal Ronaldo Carletto confirmou que vai apoiar a reeleição do prefeito de Itabuna, Augusto Castro (PSD).

Radar do Poder: O duelo carnavalesco, a preocupação com a Conder, a pedida de Cacá e o retorno de Bellintani

radar do poder | 10 janeiro 2024

Holofotes momescos

Pré-candidato do MDB ao Palácio Thomé de Souza, o vice-governador Geraldo Jr. assumiu novamente a missão de ser o coordenador do Carnaval da Bahia para tentar dividir, em Salvador, os holofotes com o prefeito Bruno Reis (União), postulante à reeleição. O emedebista deve estacionar na folia da capital, enquanto o governador Jerônimo Rodrigues (PT) participa também no interior. Geraldo Jr. promete participar, inclusive, da entrega das chaves da cidade ao Rei Momo, comandada por Bruno.

Teste de popularidade

Antes do Carnaval, Bruno Reis e Geraldo Jr. testam a popularidade na Lavagem do Bonfim, nesta quinta (11). Cada um estará acompanhado dos principais padrinhos políticos: o ex-prefeito ACM Neto (União) e o governador Jerônimo Rodrigues. Fora das ruas e das festas tradicionais, Bruno leva ampla vantagem sobre Geraldinho no ambiente virtual: são 498 mil seguidores no Instagram contra 297 mil.

Meu pirão primeiro

Por sinal, Geraldo Jr. tem causado boa impressão nas conversas com os partidos de esquerda, iniciadas na semana passada. Lideranças do PSB, do PT e do PCdoB, com os quais já dialogou, ficaram impressionadas com a desprendimento do emedebista. Entretanto, vereadores do PT avisaram que vestir a camisa do aliado vai depender das ações que o governo do Estado fará para assegurar a reeleição dos quatro petistas na Câmara.

Prêmio de consolação

Caciques do PT baiano já sinalizaram aos vereadores do partido na Câmara Municipal que, em caso de derrota no projeto de reeleição dos edis, ninguém ficará desamparado, afinal, em eventual insucesso de Geraldo Jr. nas urnas, o governo Jerônimo Rodrigues pode abrigar os derrotados em cargos no Estado. No total, o PT tem quatro representantes no Legislativo: Marta Rodrigues, Tiago Ferreira, Luiz Carlos Suíca e Arnando Lessa. Geraldo Jr. vai conversar em separado com cada um deles.

Preocupação com a Conder e…

Há, inclusive, preocupação no grupo de Jerônimo Rodrigues com relação ao comportamento que a Conder e a Sufotur adotarão na campanha de Geraldo Jr e dos vereadores aliados. Para governistas, se os dois órgãos não entrarem de cabeça no processo, dificilmente o emedebista conseguirá se sobressair na disputa à Prefeitura. Por isso, as declarações do presidente da Conder, José Trindade (PSB), de que a companhia se manterá distante das eleições deixaram muita gente de cabelo em pé.

…  a Sufotur

Aliás, esta também tem sido a postura do superintendente da Sufotur, Diogo Medrado, especialmente em Salvador. Para quem não se lembra, Diogo era um dos defensores da candidatura de José Trindade à sucessão municipal. Por isso, no momento em que se discutia internamente o nome da base aliada para a eleição na capital, foi algumas vezes criticado por Geraldo Jr., o que gerou uma animosidade entre o dirigente e o emedebista.

Inimigo íntimo

Ainda sem sucesso na tentativa de convencer o PV a tirar do partido o vereador André Fraga, representantes do PT e do PCdoB na Câmara têm esperanças de que Bruno Reis o faça na montagem das nominatas das legendas da base do Executivo municipal. A avaliação geral na Casa é a de que se o “verde” aliado do prefeito disputar a reeleição dentro da federação formada pelas três siglas, ele tira a vaga de um dos apoiadores do governador Jerônimo Rodrigues (PT).

Forcinha de Bruno

“Acreditamos que Bruno Reis pode colocar André Fraga em outro partido da base dele. Na verdade, já teve até representante da federação pedindo isso a ao prefeito”, brincou um dos vereadores do grupo em conversa com a coluna. Com a candidatura de Geraldo Júnior à Prefeitura, e a ameaça de redução da bancada do PT e do PCdoB na Câmara, ficou ainda mais urgente uma solução para a “equação Fraga”.

O retorno

Depois de perder o cavalo selado que deixaram em sua porta em 2020, quando poderia ter sido candidato a prefeito do grupo liderado pelo PT na Bahia, Guilherme Bellintani volta à cena política por meio de conversas com partidos de esquerda. Ele tem dito, inclusive, que nunca foi de direita e que não é ligado ao ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União). Busca se filiar a uma legenda do grupo para disputar uma vaga de deputado federal em 2026, de onde acha que poderá impulsionar ainda mais seus negócios.

Pedida alta

Secretário municipal de Governo, Cacá Leão (PP) só não trocou o cargo na Prefeitura por uma das 12 vice-presidências da Caixa Econômica Federal porque não recebeu, até aqui, o que pediu. O pepista desejava ocupar a vice de Governo ou a de Habitação, o que é uma operação complexa, uma vez que elas estão ocupadas, respectivamente, por apadrinhados do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e do PT. Nem mesmo o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), amigo de Cacá, resolveu.

Agenda ampliada sem Bruno

Comandante do PL na Bahia, o ex-ministro João Roma quer ampliar ao máximo a agenda do ex-presidente Jair Bolsonaro no Estado, programada para março. “A ideia é que ele (Bolsonaro) possa visitar outras cidades no interior além de Salvador”, disse Roma à coluna. O objetivo da agenda é impulsionar candidaturas majoritárias conservadoras. Bruno Reis, que terá o apoio do PL, já sinalizou não ter o menor interesse em encontrar Bolsonaro, temendo desgastes políticos.

Conservadores em desvantagem

Analistas do cenário político, por sinal, acreditam que serão poucos os prefeitos bolsonaristas eleitos em 2024 na Bahia. “Talvez o PL não eleja nenhuma liderança conservadora de fato”, avaliou um membro do próprio partido de João Roma. Atualmente, a maior cidade administrada por um gestor do PL é Porto Seguro, com Jânio Natal, que ainda não decidiu se vai disputar a reeleição. Embora tenha apoiado Jair Bolsonaro em 2022, Jânio já se reaproximou do PT depois do pleito.

Bloco formalizado

Assim que os trabalhos na Assembleia forem retomados, em fevereiro, o G+, segundo bloco informal de oito parlamentares lançado informalmente em 2023 na Casa, será oficializado. Já está definido, inclusive, quem será o líder: o deputado Rogério Andrade (MDB), que é governista desde a eleição de Jerônimo Rodrigues, ao contrário do deputado Niltinho (PP), que era cotado para o posto, mas deixou e voltou à base aliada em 2023. Mais um recado de fidelidade ao Palácio de Ondina.

Saída de cena

A secretária estadual de Desenvolvimento Urbano, Jusmari Oliveira (PSD), já selou o apoio à pré-candidatura do ex-deputado federal Tito Cordeiro, que trocou recentemente o Avante pelo PT, à Prefeitura de Barreiras, no Oeste. Resta só o anúncio oficial. A candidatura de Jusmari foi inviabilizada após o ingresso de Tito, apoiador de Jair Bolsonaro, no ninho petista. O PT, por sua vez, garantiu o apoio ao esposo da secretária, o ex-deputado Oziel Oliveira (PSD), à Prefeitura da vizinha Luis Eduardo Magalhães.

O infiel

Presidente do PSD baiano, o senador Otto Alencar tenta convencer o correligionário de partido e deputado estadual Eures Ribeiro a apoiar a candidatura do deputado estadual Paulo Rangel (PT) ao Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). Apesar do apoio formal da bancada do partido na Assembleia ao petista, Eures não assinou a lista em prol de Rangel e tem prometido votar em outro concorrente governista, o deputado estadual Fabrício Falcão (PCdoB).

Pitacos

* Ainda sobre o TCM, Paulo Rangel e Fabrício Falcão residem no mesmo edifício em Salvador, o Carpe Diem, no Alphaville 1, em Patamares. Quando se encontram, os dois parecem velhos amigos e não adversários.

* A presidente municipal do PT, Cema Mosil, mostrou que quem manda em casa é ela e articulou o apoio do Movimento dos Sem Teto em Salvador (MSTS), comandado pelo esposo dela, Jhones Bastos, a Geraldo Jr. Antes, o MSTS criticava o emedebista.

* O deputado estadual Robinson Almeida, que foi pré-candidato do PT a prefeito de Salvador, não fez a menor questão de participar da reunião entre Geraldo Jr. e a executiva municipal petista, na segunda-feira (08), para tratar das eleições. Também parou de dar bom dia aos colegas na Assembleia.

* Pré-candidato do Psol à Prefeitura de Salvador, Kleber Rosa tenta convencer o deputado federal do partido Guilherme Boulos, postulante à Prefeitura de São Paulo, a aparecer na Lavagem do Bonfim. Ainda não há confirmação.

* Presidente da Câmara Municipal de Salvador, Carlos Muniz (PSDB) vai participar da Lavagem do Bonfim, nesta quinta (11), ao lado do prefeito Bruno Reis. Mas pretende dar um abraço no amigo Geraldo Jr. na concentração da festa.

* Prefeito de Ilhéus, Mário Alexandre (PSD) diz que até março anuncia quem será o candidato à sucessão apoiado por ele. De olho na vaga, a secretária estadual de Educação, Adélia Pinheiro, reclamou entre os aliados que o prazo é muito longo.

* Saiu o edital da Prefeitura de Feira para contratar a empresa que irá operar a Zona Azul na cidade. O valor estimado é de R$128 milhões, com prazo de concessão de 20 anos.

* Ex-gestor de Conceição do Coité, Francisco de Assis lançou oficialmente esta semana a pré-candidatura a prefeito em 2024. Em vídeo, ele chamou o grupo do deputado estadual Alex da Piatã (PSD) de “centrão”, que apoia quem está ganhando.