23 abril 2024
Largada
Se as eleições em Lauro de Freitas fossem hoje, a vereadora Débora Régis (PDT), mais conhecida como Debinha, venceria com folga o candidato da prefeita Moema Gramacho (PT), Antônio Rosalvo (PT), nas eleições para o comando da Prefeitura. É o que aponta uma pesquisa realizada pelo instituto Séculos entre os dias 21 de 23 de março, registrada na Justiça Eleitoral sob o número BA-01531/2024, à qual o Radar do Poder teve acesso em primeira mão.
Ampla margem
Segundo a pesquisa estimulada, Debinha aparece com 47,95% das intenções de voto na disputa direta com Rosalvo, identificado junto aos entrevistados como o candidato de Moema e que figura com apenas 3,2% – outros 36,41% não votariam em nenhum dos dois e 12,44% não sabem ou não opinaram. O levantamento ouviu 780 eleitores. A margem de erro estimada é de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos.
Avaliação de Moema
O desempenho de Rosalvo, que é secretário de Desenvolvimento Urbano de Lauro de Freitas e suplente de vereador, pode estar associado à avaliação ruim da gestão de Moema. Ainda segundo o instituto Séculos, 61,41% dos eleitores desaprovam a administração da petista, enquanto outros 18,72% aprovam e 19,87% não sabem ou não opinaram.
Impasse
Já há um acordo na oposição em Lauro de Freitas para que Débora Régis seja candidata única do grupo. Entretanto, o empresário Teobaldo Costa, que comanda o União Brasil no município e era um dos nomes no páreo, quer que a vereadora ingresse na sigla. O PDT, por meio do comando estadual, resiste à troca. O impasse deve ser resolvido nas próximas horas antes do anúncio oficial de Debinha.
Só Aleluia na causa!
O vereador de Salvador Alexandre Aleluia (PL) tentou forçar a barra para entrar no Cidadania, que forma uma federação com o PSDB, visando disputar a reeleição em outubro. Por meio de relações pessoais, ele procurou lideranças nacionais da sigla em busca da filiação. O movimento não prosperou porque foi barrado pelos tucanos de Salvador, sobretudo os representantes do partido na Câmara Municipal, incluindo o presidente da Casa, Carlos Muniz, que coordena a federação.
Estagnou
Como já revelou a coluna e o Política Livre, Aleluia buscou se filiar ao União Brasil, legenda pelo qual foi eleito em 2020, e ao PP, mas teve o nome rejeitado pelos vereadores das duas legendas, que temem perder a cadeira para o colega. A única alternativa que restou foi permanecer no PL, último lugar onde gostaria de estar por não concordar com os ditames do presidente do partido na Bahia, João Roma. Resta saber se o edil voltará a ser bolsonarista.
Passado de lado
O PSDB de Salvador filiou ao partido o Ouvidor da Prefeitura, Jean Sacramento, que, garantem, não vai ser candidato este ano. O curioso é que o dirigente, que já passou por diversas siglas, vai conviver no partido com quem outro dia chegou a chamar de “ladrão” na disputa pelo comando do Solidariedade na capital: o ex-vereador Adriano Meirelles, que ingressou também esta semana no PSDB. Presidente da Câmara Municipal, Carlos Muniz só não conseguiu ainda fazer chover.
Insistências
Por falar em PSDB de Salvador, o comentário internamente é que até o final da janela partidária o vereador Téo Senna pode ser convencido a deixar o partido e migrar para o PDT. A manobra, que teria o aval de Carlos Muniz, visa viabilizar a filiação do vereador Sidninho, que deixou o Podemos e teria maior afinidade com os tucanos. Com apenas quatro vereadores de mandato, a conta é que a federação PSDB/Cidadania terá 12 nomes competitivos na chapa de 44 candidatos a vereador concorrendo a seis vagas.
Pedindo alto
O deputado estadual bolsonarista Diego Castro (PL) reclamou publicamente esta semana de não ser atendido pelo prefeito Bruno Reis (União), embora tenha solicitado oficialmente um espaço na agenda do titular do Palácio Thomé de Souza. Após a reclamação, deputados aliados do gestor da capital não perderam a oportunidade de brincar com o colega. “Em um dos últimos encontros com Bruno, Diego pediu logo a Secretaria de Educação, coisa que nem Carlos Muniz conseguiu ainda”, comentou um deles.
Assédio grapiúna
O prefeito de Itabuna, Augusto Castro (PDB), é acusado por lideranças do PT local de assediar filiados do partido para votarem a favor do apoio à reeleição dele e contra a manutenção da pré-candidatura de Geraldo Simões, o que será decidido em encontro municipal no sábado (06). Apesar da antipatia dos petistas locais, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) e o senador Jaques Wagner (PT) também articulam em favor de Augusto.
Portas abertas
Aliás, a coluna foi informada por uma fonte próxima ao governo que houve quem defendesse que Jerônimo chamasse Geraldo Simões, que é servidor da Ceplac, para assumir a representação do Estado em Brasília, mas o convite não chegou a ser oficialmente feito. Caso tenha a candidatura limada, como já defendeu abertamente o líder do governador na Assembleia, o petista Rosemberg Pinto, o ex-ministro Geddel Vieira Lima abriu as portas do MDB para o ex-prefeito se filiar e concorrer.
Aparências
David Loyola, irmão do chefe de Gabinete do governador, Adolpho Loyola, assumiu o comando municipal do PSB em Teixeira de Freitas prometendo que o partido romperia com o prefeito Marcelo Belitardo (União), aliado de ACM Neto (União). Só que uma das lideranças socialistas do município, Edinaldo Rezende, até pouco tempo comandante da sigla na cidade, segue como secretário municipal de Administração. Ele já articulou para levar Belitardo para a base de Jerônimo.
Implosão da federação
Sabendo que não pode concorrer à Prefeitura de Juazeiro, por estar inelegível, o ex-prefeito Isaac Carvalho (PT) manteria a pré-candidatura com o único objetivo de indicar a esposa, Ellen Carvalho (PT), como vice na chapa do aliado Joseph Bandeira (PSB), que também já comandou o município. A informação já chegou aos ouvidos dos deputados estaduais Zó (PCdoB) e Roberto Carlos (PV), que, assim como Isaac, integram a Federação Brasil da Esperança.
Compensação
Após perder prefeitos baianos para o Avante, PSB e Solidariedade, a semana começou bem para o União Brasil. O partido recebeu a filiação da prefeita de Nova Viçosa, Luciana Machado, eleita em 2020 pelo PP. Pudera: a gestora é esposa do deputado estadual Robinho, novo líder do União Brasil na Assembleia Legislativa.
Cálculos “verdes”
O PV deve ter de seis a oito prefeitos candidatos à reeleição filiados ao partido até o fechamento da janela partidária. A conta é feita pelo presidente da sigla na Bahia, Ivanilson Gomes. Um dos esperados no partido é o gestor de Itaparica, Zezinho Oliveira (PRD). Já se filiaram os prefeitos de Itagimirim e Mansidão.
Pitacos
* Entre os principais caciques da política baiana, o primeiro a desejar feliz aniversário a Jerônimo, que completa nesta quarta (03) 59 anos, foi o senador Otto Alencar (PSD).
* Diante de tantos empréstimos solicitados pelo governador à Assembleia, o deputado Sandro Régis (União) ironizou: “Só falta agora ao governo pedir dinheiro a cigano”.
* Membros da bancada da minoria na Assembleia ficaram surpresos nesta terça (02) quando, num momento raro, o deputado Marcinho Oliveira (União) criticou o governo Jerônimo. Cobrou a requalificação da estrada que liga Monte Santo a Queimadas.
* Líder do União Brasil na Assembleia, Robinho admitiu que “tomou bola nas costas” do governo na votação de projetos do Executivo. “Não acredito nisso, afinal o senhor é um bom zagueiro”, brincou o governista José Raimundo (PT).
* Servidores e colaborados da Secretaria de Relações Institucionais da Bahia preparam uma festa de despedida para Luiz Caetano (PT) nesta sexta (05). O petista deixa a pasta para concorrer, como líder nas pesquisas, à Prefeitura de Camaçari.
* Outra secretária de Jerônimo que deixa o cargo esta semana é Adélia Pinheiro (PT), da Educação. Ela vai disputar a Prefeitura de Ilhéus.
* Mesmo desagradando colegas da base de Bruno Reis, o vereador Átila do Congo tem conseguido se manter como único representante com mandato do PMB, partido que passou a comandar na Bahia. Tem o respaldo do deputado federal Cláudio Cajado (PP).
* José Ronaldo de Carvalho (União) disse a aliados que pretende anunciar a pré-candidatura a prefeito de Feira de Santana logo após o fechamento do prazo das filiações partidárias, que se encerra neste sábado (06).
* O PSB quer indicar como vice Eduardo Hagge (MDB), tio do atual prefeito Rodrigo Hagge (MDB), na disputa pela prefeitura de Itapetinga. O nome escolhido é o do ex-vice-prefeito Alécio Chaves, filiado esta semana. O PDT também está de olho na vaga.
* Carlos Muniz tem cobrado da Prefeitura mais apoio às creches comunitárias de Salvador. Esta semana ele defendeu o pagamento de repasses às unidades conveniadas.
Falta de Solidariedade
Surtiram efeito as movimentações do Palácio Thomé de Souza para esvaziar a chapa de candidatos a vereador do Solidariedade, conforme antecipado por esta coluna na semana passada. Um dos principais pré-candidatos da sigla à Câmara, o ex-vereador Adriano Meirelles avisou que não fica mais no partido, que é comandado na Bahia pelo deputado estadual Luciano Araújo. A baixa é significativa, uma vez que Meirelles, em negociação para ingressar no PSDB, vinha atraindo candidatos à legenda, como sempre fez.
Racha aberto
Adriano Meirelles defendia que o Solidariedade lançasse, em Salvador, a candidatura da enfermeira Adriana Sena para a Prefeitura. Ela disputou uma cadeira para a Câmara Federal pelo partido em 2022, obtendo cerca de dez mil votos, mais da metade na capital – e já está no PSDB, por onde tentará uma cadeira de vereadora em outubro. O movimento, no entanto, foi barrado por Luciano Araújo a pedido do governador Jerônimo Rodrigues (PT), o que provocou o racha.
Rejeitados
O grupo dissidente do Solidariedade rejeita o apoio à pré-candidatura do vice-governador Geraldo Júnior (MDB), que não teria oferecido nada em contrapartida. Como o prefeito Bruno Reis (União) não tem o menor interesse em retomar uma composição com o partido enquanto o mesmo estiver sob a batuta de Luciano Araújo – o antigo aliado é chamado de traidor no Palácio –, restou aos insatisfeitos apostar na candidatura própria, que seria uma solução “pro forma”.
Geraldinho “detonado”
Adriano Meirelles costuma “detonar” Geraldo Júnior nas conversas com outros políticos. Tem dito que o vice-governador não pode oferecer nada ao Solidariedade, que não sabe montar partido e que o único objetivo ao ser candidato a prefeito é ganhar visibilidade para concorrer a uma cadeira na Câmara Federal em 2026. Com tudo isso, o Solidariedade, que calculava eleger dois vereadores, pode ficar sem nenhum. Hoje, a sigla tem um único edil, Fábio Souza, que está migrando para o PRD.
Escada de “menudo”
Por outro lado, aqueles que pretendem trocar o Solidariedade pelo PSDB ou outro partido da base de Bruno Reis têm sido alertados por emissários de Luciano Araújo de que “estão fazendo escada para menudo”, ou seja, deixando de lado chances reais de vitória para ajudar candidatos mais fortes, se tornando meros figurantes (ou a rabada) do processo eleitoral.
Assédio
Um importante deputado federal aliado do governador Jerônimo Rodrigues (PT) andou ligando para o secretário de Governo da Prefeitura de Salvador, Cacá Leão (PP), pedindo encarecidamente para que Bruno Reis pare de “assediar” os pré-candidatos a vereador da oposição. Além do Solidariedade, a situação também está complicada em outros partidos da base de Jerônimo. No Avante, sequer há um princípio de “nominata”.
Sargento culpado
No Avante, o deputado federal Pastor Sargento Isidório é apontado como culpado pela legenda não ter uma chapa de candidatos a vereador de Salvador. O parlamentar, que foi pré-candidato a prefeito, não se mexeu um milímetro para cumprir a tarefa. Estaria ainda desmotivado por perder o comando estadual da sigla para o ex-deputado federal Ronaldo Carletto e por não ter mais a mesma força eleitoral de outrora na capital. Única vereadora do Avante na cidade, Débora Santana está de mudança para o PDT.
Alívio dos edis
Os vereadores da base de Bruno Reis ficaram aliviados ao saber que a secretária municipal de Política para as Mulheres, Infância e Juventude, Fernanda Lordêlo, próxima da vice-prefeita Ana Paula Matos (PDT), não vai disputar uma cadeira na Câmara Municipal este ano. As especulações cresceram após o prefeito levar Lordêlo a um evento do movimento de mulheres do União Brasil, no último dia 14. Quem também avisou que não será candidato é Jean Sacramento, Ouvidor da Prefeitura.
Coringa
Atual subsecretário da pasta de Mobilidade de Salvador, Kaio Moraes virou uma espécie de “coringa” para Bruno Reis diante da saída de secretárias e dirigentes pré-candidatos a vereador, por força da legislação eleitoral. Como a decisão do prefeito é preencher as vagas com pessoas que conhecem a máquina municipal, como foi revelado pelo Política Livre nesta terça (26), Kaio, que já foi secretário de Gestão e presidente da Limpurb, se torna uma opção para qualquer espaço vago.
Exército de prefeitos
Se engana quem pensa que o deputado federal Elmar Nascimento (União) só pensa na sucessão do amigo e deputado federal Arthur Lira (PP-AL). De olho também nas eleições municipais, o parlamentar tem planos ambiciosos: eleger ao menos 50 prefeitos ligados totalmente ou parcialmente a ele. Hoje, o número é de cerca de 30. Para isso, tem a força de quem lidera o maior partido na Câmara, controla a Codevasf e comanda a própria bancada na Assembleia Legislativa.
Mapa eleitoral
Elmar trabalha, por exemplo, pelas vitórias em outubro de dois deputados estaduais da bancada dele na Assembleia que são pré-candidatos a prefeito: Pancadinha (Solidariedade), em Itabuna, e Robinho (União), em Mucuri. Além disso, articula para manter ou emplacar aliados como gestores em Jacobina, Senhor do Bonfim, Conceição do Coité, Campo Formoso, Nova Viçosa, Cansanção, Valente, Santo Amaro e Madre de Deus, só para citar alguns municípios, entre grandes, médios e pequenos.
Adolfo governador
Como pretende disputar a Prefeitura de Salvador, a partir do dia 6 de abril Geraldo Júnior não pode mais, por força do calendário eleitoral, assumir interinamente a posição de governador. Em caso de ausência de Jerônimo por motivo de viagem internacional, por exemplo, o posto passará a ser ocupado pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Adolfo Menezes (PSD). Por conta disso, o parlamentar promete viajar menos em 2024.
Sem sustos
Apoiadores da segunda reeleição de Adolfo ao comando da Assembleia não ficaram assustados com as recentes declarações de Jerônimo defendendo a alternância de Poder na Casa. “É natural que ele (o governador) queira fazer um gesto para o partido dele. Mas o PT não vai conseguir o que quer porque a Assembleia não aceita que o partido do presidente e do governador também comande o Legislativo. No máximo, podem garantir a vice-presidência, se houver acordo”, avaliou um deputado ligado a Adolfo.
Alan atendido
Líder da oposição na Assembleia e também nas queixas pelo não pagamento das emendas impositivas dos parlamentares, o deputado Alan Sanches (União) foi contemplado esta semana com uma ambulância entregue pelo governo. O veículo, fruto justamente de emenda parlamentar, foi destinado ao município de Barra do Rocha, gerido por um aliado de Alan. Durante a solenidade de entrega de diversas ambulâncias, esta semana, Jerônimo lamentou, de forma irônica, a ausência do oposicionista.
Fogo amigo
Líder do governo na Assembleia, Rosemberg Pinto (PT) tem sido alvo de intenso fogo amigo por conta das costuras eleitorais no interior. De uma vez só, ele tenta sepultar a pré-candidatura de Geraldo Simões (PT) em Itabuna e a da comunista Ró Valentim em São Francisco do Conde, além de lançar um bolsonarista como pré-candidato petista em Itapetinga e um “netista” em Una. Tudo em nome do próprio desempenho eleitoral em 2026.
Vices para Zé
Filiados ao PDT esta semana, o ex-deputado federal Sérgio Carneiro e o empresário Zé Chico se tornam opções para a vice de José Ronaldo (União) na disputa pela Prefeitura de Feira. A filiação foi feita pelo deputado federal Félix Mendonça, que comanda o ninho pedetista na Bahia, e pelo ex-prefeito de Araci e suplente de deputado estadual pela legenda Silva Neto. Zé Ronaldo teria preferência por Zé Chico, que recebeu mais de 35 mil votos apenas em Feira na eleição para deputado federal em 2022.
Pitacos
* Acusado de liderar uma milícia em Feira de Santana, o deputado Binho Galinha (PRD) reapareceu nesta terça (26) no plenário da Assembleia. Conversou com os colegas Alan Sanches (União), Sandro Régis (União) e Samuel Júnior (Republicanos).
* Até agora, por sinal, o líder do governo na Assembleia, Rosemberg Pinto (PT), não indicou os membros da maioria para o Conselho de Ética da Casa, mesmo tendo prometido fazê-lo.
* Elmar Nascimento convidou o ex-deputado federal José Carlos Araújo (PDT) para ocupar um cargo no Ministério das Comunicações. Araújo agradeceu, mas negou a oferta. Disse que prefere ficar mais tempo na Bahia nesse ano de disputa eleitoral.
* Uma das campanhas que José Carlos Araújo pretende acompanhar de perto é a da própria filha, a prefeita de Morro do Chapéu, Juliana Araújo (PDT), postulante à reeleição.
* Aliás, em 2022, Juliana tinha o compromisso de apoiar Elmar para deputado, mesmo o pai sendo candidato a uma cadeira na Câmara. “Eu ia honrar o compromisso, mas o próprio Elmar disse que eu não poderia deixar de apoiar o meu pai”, conta a prefeita.
* O vereador Isnard Araújo acertou a permanência no PL com o presidente da sigla na Bahia, o ex-ministro João Roma. A tendência é que o mesmo ocorra com o vereador Alexandre Aleluia, que não teve sucesso na tentativa de trocar da sigla.
* A avaliação é que, mesmo não querendo Aleluia no partido, Roma dificilmente tiraria a legenda do vereador na disputa pela reeleição. Seria uma atitude por demais drástica. Bruno Reis intermedia uma solução para o aliado, que se afastou do bolsonarismo.
* O vereador de Salvador Randerson Leal, que vai sair do PDT, tem mantido conversas com o Podemos e o PSB.
* No mundo político de Juazeiro, ninguém acredita que o ex-prefeito Joseph Bandeira (PSB) rompeu com a atual prefeita Suzana Ramos (PSDB). Além do filho vice-prefeito, ele ainda mantém a esposa e ex-vereadora Flor de Maria ocupando cargo na gestão.
* Joseph se coloca como um dos pré-candidatos a prefeito de Juazeiro do grupo do governador Jerônimo Rodrigues. Outro postulante da base aliada, o deputado estadual Roberto Carlos (PV) também tinha cargos na Prefeitura, mas os entregou e rompeu.
Cão que late…
O PT já esperava que o PCdoB fosse espernear após a humilhação imposta ao aliado ao limar, na Assembleia, o deputado comunista Fabrício Falcão da disputa por uma cadeira no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). Até mesmo a posição de neutralidade dos companheiros em relação à eleição para a escolha do novo membro do órgão, anunciada em nota, era esperada pela cúpula petista. Na avaliação das lideranças do partido que agora controlará politicamente o TCM, com a maioria dos conselheiros, a história da relação (e de submissão) com os comunistas mostra que cão que late demais não morde.
Novo conselheiro
O deputado Paulo Rangel (PT), agora definitivamente o único candidato da base do governador Jerônimo Rodrigues (PT) ao TCM, desfila nos corredores da Assembleia como virtual conselheiro. Ele lamentou, no entanto, que os líderes do governo e da oposição, os deputados Rosemberg Pinto (PT) e Alan Sanches (União), respectivamente, tenham marcado a eleição para o dia 5 de março. “Queria mais tempo para poder me despedir das amizades que construí em 20 anos de Casa”.
Suando a camisa
O candidato inscrito pela oposição ao TCM, o ex-deputado Marcelo Nilo (Republicanos), vai suar a camisa para tentar obter o apoio das “viúvas” de Fabrício Falcão. Ele acha que, como a eleição acontece por voto secreto, pode beliscar o apoio de parte da bancada do PCdoB, bem como o do deputado Hilton Coelho (Psol). Difícil mesmo vai ser convencer o deputado Marcinho Oliveira (União), que levou para a Assembleia a rivalidade eleitoral com Nilo em Monte Santo.
Elegância sutil
Antes da nota do PCdoB pela neutralidade crítica, o deputado Bobô, do partido, havia declarado o voto em Paulo Rangel caso Fabrício Falcão não conseguisse a inscrição. “Estarei ao lado do candidato da base do governo ao TCM. Se não for Fabrício, será Rangel”, declarou o parlamentar à coluna com sua elegância sutil. Resta saber se Bobô agora vai mudar de ideia.
Herdeiros de Rangel
Paulo Rangel vai reunir os deputados mais próximos para ratear os quase 50 mil votos que recebeu no pleito de 2022. Como não tem herdeiros políticos naturais, fator que pesou para que o petista fosse alçado na disputa para o cargo vitalício, ele pretende fazer uma divisão das lideranças, o que inclui prefeitos. Terão prioridade, além dos correligionários de partido, os parlamentares que estiveram na linha de frente da campanha, a exemplo de Vitor Bonfim (PV), Nelson Leal (PP) e Vitor Azevedo (PL).
Mais leal
Na semana passada, um desesperado Fabrício Falcão, após sair de uma audiência com Jerônimo e prefeitos, protagonizou uma discussão áspera com Vitor Azevedo na sede do governo do Estado, na Secretaria de Segurança Pública. Ele praticamente exigiu que o colega, membro da Mesa Diretora, estivesse presente na reunião do colegiado que analisaria a inscrição do comunista. O encontro, todos sabem, não ocorreu por falta de quórum. E Azevedo demonstrou mais uma vez lealdade ao governo.
Ira governista
Líder da maioria na Assembleia, o deputado Rosemberg Pinto (PT) provocou a ira de alguns colegas da base ao levar o prefeito de Una, Tiago Birschner (PP), para uma audiência com o chefe de Gabinete do governo, Adolpho Loyola, com o objetivo de assegurar obra de infraestrutura ao município. O problema é que o gestor apoiou a candidatura de ACM Neto (União) ao Palácio de Ondina em 2022. Enquanto isso, prefeitos que são aliados de primeira hora seguem aguardando audiências.
Conveniência
O curioso é que Rosemberg costuma se utilizar, em outros municípios, do discurso de que os aliados de primeira hora devem ter preferência nos atendimentos por parte do governo do Estado, enquanto os que apoiaram ACM Neto, mesmo que em siglas da base, merecem ser deixados em segundo ou terceiro plano. Para o líder, esse é o caso de Itapetinga, onde o prefeito Rodrigo Hagge, do MDB, não parece merecer, contraditoriamente, o mesmo tratamento do gestor de Una, município aonde o petista espera, claro, extrair dividendos eleitorais.
PEC da Reeleição
Por falar em Rosemberg, parlamentares do governo e da oposição não acreditam que ele tente “melar” a votação da proposta que permite a segunda reeleição consecutiva do deputado Adolfo Menezes (PSD) no comando da Assembleia. A tendência é que a proposição seja votada no mesmo dia da eleição para o TCM, por conta da presença em grande número de legisladores. A avaliação é que o petista “deu uma segurada” no projeto de tentar suceder Adolfo, que não para de provar sua lealdade a Jerônimo.
Sem emendas
O prefeito de Jequié, Zé Cocá (PP), acusa o deputado federal Antonio Brito (PSD) de não destinar emendas do orçamento da União para o município onde o parlamentar foi o mais votado em 2022. “Desde que assumi, em 2021, ele só mandou R$ 500 mil em emendas impositivas”, declarou o pepista à coluna. Vale lembrar que Brito, que não quis comentar o assunto com a coluna, lançou como candidato a prefeito o administrador Alexandre Iossef (PSD), uma verdadeira pedra no sapato para que Cocá conquiste a reeleição.
Ego inflado
Fontes do Palácio Thomé de Souza disseram à coluna que o prefeito Bruno Reis (União) deu gargalhadas quando soube que foi acusado pelo vice-governador Geraldo Júnior (MDB), pré-candidato ao Executivo municipal, de não ter procurado o emedebista para tratar da situação dos ambulantes no Carnaval. A avaliação na Prefeitura é que o fato de assumir o comando do Executivo estadual pela terceira vez inflou o ego do emedebista, que, apesar da oportunidade lhe dada por Jerônimo Rodrigues (PT) ao nomeá-lo como ‘coordenador’ da festa pelo governo, foi um mero coadjuvante durante a folia momesca.
Sinal para Ondina
Presidente do PP da Bahia, o deputado federal Mário Negromonte Júnior optou por não participar do evento em que o partido declarou apoio à reeleição de Bruno Reis, realizado na última segunda (26), em Salvador. Da Executiva estadual da sigla, ele optou por enviar o secretário-geral, Jabes Ribeiro. Com essa decisão, Mário Júnior sinalizou que busca também prosseguir com o movimento de reaproximação com o PT no Estado, como deseja a outra parte da legenda.
Acerto com o Novo
As negociações conduzidas por Bruno Reis para ter o apoio do Novo na disputa à reeleição envolvem a promessa de que a administradora Luciana Buck, pré-candidata ao Palácio Thomé de Souza pelo partido, terá o caminho facilitado para ser vereadora caso saia da corrida majoritária. Bruno se colocou à disposição para ajudar na montagem da chapa proporcional da legenda, que nunca elegeu um representante para a Câmara Municipal. E, assim, o Novo se torna o velho em Salvador.
Puxadores de voto
Além do vereador Ricardo Almeida, que está no Podemos e é da Primeira Igreja Batista, o DC em Salvador deve abrigar ainda o pastor Kênio Resende, uma das apostas da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) nas eleições proporcionais deste ano na capital. Dessa forma, a sigla, que dialoga ainda com o vereador Sabá (PP), terá dois bons puxadores de votos e caminha de forma segura para eleger até quatro edis. O Republicanos, partido oficial da Iurd, deve pelo menos manter a bancada de três.
Olho na Conder
Líder do prefeito Bruno Reis na Câmara Municipal, o vereador Kiki Bispo (União) diz que estará atento a eventuais abusos eleitorais que possam ser cometidos pela Conder no pleito de 2024 para favorecer Geraldo Júnior. “Não é algo comum a esse órgão, por exemplo, fazer escadaria aqui e acolá. As regras precisam ser respeitadas. Mas confiamos na lisura do presidente da Conder, José Trindade (PSB), que foi vereador como nós”.
Pitacos
* A piada que corre na Assembleia é que o TCM terá tanto petista com conselheiro que caso ACM Neto vença a disputa pelo Palácio de Ondina, em 2026, a primeira medida dele será extinguir a Corte de contas.
* O deputado estadual Vitor Bonfim (PV) tem sido acusado de legislar em causa própria por apresentar projeto de lei que garante prioridade a advogados no atendimento das agências bancárias. O parlamentar é formado em Direito e tem muitos amigos na área.
* Provocou risos em plenário o discurso feito esta semana pelo deputado Raimundinho da JR (PL) no qual disse que poderia ter sido doutor, se não fosse reprovado duas vezes na escola. Ele tentou defender a portaria do Estado que revê os critérios de reprovação.
* Alexandre Marques será mantido na presidência do PRD em Lauro de Freitas. A medida faz parte do acordo para que Bruno Reis indicasse o assessor Francisco Elde para o comando estadual da legenda.
* Marques, para quem não lembra, era o presidente do Patriota na Bahia, partido que, na fusão com o PTB, deu origem ao PRD. Ele é aliado do PT e secretário de Meio Ambiente da prefeita petista de Lauro de Freitas, Moema Gramacho.
* O vereador de Salvador André Fraga decidiu que fica no PV como aliado de Bruno Reis. Até os petistas desistiram de tentar expulsá-lo da federação. “Não é à toa que ele foi secretário municipal da Resiliência”, brincou um membro da Executiva do PT.
* A indefinição do PT, PCdoB e PV sobre quem será o candidato do grupo a prefeito de Juazeiro tem dificultado a arrumação da chapa proporcional da federação no município. Com a indefinição, muitos pré-candidatos a vereadores ameaçam pular fora do barco.
* Presidente estadual do PT, Éden Valadares garante que o pré-candidato do partido a prefeito Juazeiro, o ex-gestor Isaac Carvalho, que lidera as pesquisas, está juridicamente apto a concorrer.
* Prefeito de Ilhéus, Marão (PSD) tem sinalizado a aliados que vai indicar como sucessor o atual secretário municipal de gestão, Bento Lima. Antes do anúncio, ele ainda deve ter uma conversa com o governador Jerônimo Rodrigues.
* Em Candeias, o PV ainda mantém vivo o projeto do vereador Sílvio Correia de ser candidato a prefeito. A sigla não considera natural a candidatura, pela base do governo, da vice-prefeita Marivalda da Silva (PT).